Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Coincidente com a apresentação do filme que lhe é dedicado surge uma individual de Noel Langa no Franco-Moçambicano. A sua primeira desde há oito anos, surpreendo-me com a informação (será mesmo?). Quinze desenhos, muito antropomórficos, de 1990, uma colecção silenciosa e que pode surpreender pelo preto-e-branco e tão figurativo. Com a eterna ternura do pintor. E mais sete quadros, cinco em tons de ... madeira (?), uma série de 2010 e dois finais, já deste ano. O acima - eu brinco e chamo-lhe auto-retrato, três génios bons. E tanto o cobiço.
Pintor da concórdia, da doçura, muito mais do que de um sítio Noel Langa é um bálsamo. Um bálsamo que nunca se quis típico, e também por aí o meu tão grande agrado pela obra deste mais-velho.
Tal como para Reinata deixo a ideia. Falta um álbum. O álbum é um instrumento que poderá estar desprestigiado, hoje em dia, tempos de internet. Mas isso pode implicar que um álbum é também um sítio informático onde Noel verá colectada e trabalhada a sua incessante produção. Coexistindo com o recente filme que é, fundamentalmente, sobre o homem.
jpt