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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Manuel Maria Carrilho, Elogio da Modernidade (Presença, 1989).
Analisando António Sérgio, com inclemência, mas deixando algo de âmbito mais vasto:"Particularmente interessante é ver que o ensaísmo, "género" que por vezes se identifica entre nós com o sergianismo, carece quer de nitidez estratégica quer de determinação epistemológica. Procurando cobrir todas as disciplinas e áreas do saber e ambicionando efeitos não só pedagógicos e filosóficos mas também sociais e políticos, o ensaísta surge como uma figura omnipresente que não se encontra em parte alguma, instaurando assim um universo de "múltiplos ecos que insinuam que de outro lado poderá vir sempre um suplemento compensador das carências, insuficiências ou imprecisões que num texto ou domínio se detectem, ou, inversamente, um suplemento de suspeita que dificilmente facilitará uma abordagem que, para lá da crítica, pretenda não recusar a adopção de uma perspectiva ou o risco de uma avaliação" (80)