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Mia Couto

por jpt, em 04.06.11

O blogo-veterano Orlando Braga acaba de criar no facebook um grupo de apoio à atribuição do Prémio Camões a Mia Couto, o qual vai rapidamente crescendo. Acredito que chegando isto aos ouvidos do escritor fique ele até encabulado, naquele seu jeito algo atrapalhado. Mas Mia Couto é um escritor de leitores, estes têm-lhe afecto, não só às suas obras. E assim entendo o referido grupo, um sítio onde se juntam (virtualmente) os afectuosos leitores dos seus livros. Então para eles fica aqui uma prenda, as capas nas estantes cá de casa. Até para conferir(mos) o que falta ...

 

[Cada Homem é Uma Raça, Caminho, 1990]

[A Chuva Pasmada, Ndjira]

[Contos do Nascer da Terra, Ndjira, 1997]

[Estórias Abensonhadas, Ndjira, 2ª edição, 1997 (1994). Ilustrações de João Nasi Pereira]

[Ilha da Inhaca. Mitos e Lendas na Gestão Tradicional de Recursos Naturais, Impacto, 2001. Coordenação de Mia Couto]

[Idades Cidades Divindades, Ndjira, 2007]

[Jesusálem, Ndjira, 2009]

[Mar me quer, Ndjira, 1998]

[Na Berma de Nenhuma Estrada e outros contos, Ndjira, 2001]

[O Fio das Missangas, Ndjira, 2004]

[O País do Queixa-Andar, Ndjira, 2003]

[O Último Vôo do Flamingo, Ndjira, 2000]

[E se Obama Fosse Africano? e Outras Intervenções, Caminho, 2ª edição, 2009]

[O Pátio das Sombras, Escola Portuguesa de Moçambique/Fundació Contes pel Món, 2009. Desenhos de Malangatana]

[Pensando Igual, Moçambique Editora, 2005 (com Moacyr Scliar e Alberto da Costa Silva]

[Pensatempos. Textos de Opinião, Ndjira, 2005]

[Raíz de Orvalho e Outros Poemas, Ndjira, 2ª edição, 1999 (1983)]

[Terra Sonâmbula, Ndjira, 1996]

[Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra, Ndjira,  2ª edição, 2002]

[A Varanda do Frangipani, Caminho, 1996]

[Venenos de Deus Remédios do Diabo, Ndjira, 2008]

[Vinte e Zinco, Ndjira, 1999]

jpt

publicado às 06:16


3 comentários

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De jpt a 04.06.2011 às 13:12

Um bocadinho irritado com este tipo de policiamento fui agora ver o grupo FB de amadores do Mia Couto. Tem centena e meia de pessoas, vários administradores (que o OB foi colocando, ou talvez outros administradores tenham somado outros). Ou seja, apenas um dia depois de estar a funcionar o tal grupo não tem o carácter "auto-promocional" que V. aqui aventa. E também por causa de uma coisa, o próprio modo das "redes sociais" é muito menos hierarquizador e hierático do que a sua perspectiva desconfia. - entenda-se, para ali estar, passar, fruir, conviver, não se tem de passar pelo criador do grupo (ou mesmo saber).

Quanto ao que realmente importa. Quem vai lendo o ma-schamba sabe das minhas preferÊncias ou não pelos prémios literários. E pelos escritores, em particular moçambicanos. Como já disse no FB o que me parece é que podem vir algumas vezes ao Índico, já que o prémio é rotativo. E que por ser rotativo o Prémio não vale nada (a não ser taco e reedições)
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De J. Maldonado a 04.06.2011 às 11:36

1. Há já algum tempo que acompanho este blog, dada a excelente qualidade editorial.
Dum modo geral aprecio os textos de José Teixeira, exceptuando os referentes à política portuguesa, embora concorde com algumas das suas críticas.

2. A iniciativa facebookiana é louvável (também sou um admirador de Mia Couto), mas perde toda a credibilidade devido ao seu autor, cujo radicalismo ideológico de direita é sobejamente conhecido na blogo. Aliás, numa análise atenta ao seu blog é possível constatar-se facilmente as simpatias políticas extremistas do autor em questão.

3. Lamento muito que o talento de Mia Couto seja oportunisticamente aproveitado para promover certos blogueiros nos meandros das redes sociais.
Quanto aos outros promotores da iniciativa, não tenho nada a assinalar. Aliás, como já disse anteriormente, tenho grande consideração por José Teixeira.

4. Posto isto, espero que não leve a mal a minha franqueza.
Como este espaço tem primado pela liberdade de expressão, não podia deixar passar em claro a minha sincera opinião sobre um determinado facto obscuro a fim de que os visitantes deste espaço fiquem devidamente elucidados.
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De jpt a 04.06.2011 às 12:53

1. Obrigado. O quinteto agradece.
2. Não vou elaborar sobre OB e suas ideias. Tem blog há anos e bota das suas ideias. Quem quer ler lê, quem não quer não lê. Quem quer protestar com elas pode fazer. Há anos que não leio o OB, não o conheço pessoalmente e para aí há um quinquénio até tive uma espécie de blogo-altercação devido ao meu desconforto com as suas ideias (não me lembro bem do conteúdo da altercação). Daquilo que sei é que as suas ideias não são minimamente partilhadas pelo escritor. E depois? O apreço por um escritor é monopólio dos que concordam com as suas ideias, e vice-versa? Desculpará, até pelo tom simpático, do seu comentário, mas é uma visão paupérrima da literatura. Que é muito generalizada, mas não presta. Tem, como contraponto, que só podemos gostar da escrita daqueles com quem concordamos (eu, por exemplo, tenho que deixar o Greene de lado, imerso que esteve na pantomina católica?)

[Faz agora um ano que morreu Saramago, defensor ao longo da sua vida das maiores vilezas do século XX. Também então esse tipo de anti-literatura veio ao de cima, neste caso ao contrário: o autor tem ideias repugnantes portanto não podemos gostar dele, foi um discurso generalizado]

3. Eu não vou ser defensor do diabo, mas o que é isso de "promover certos blogueiros nas redes sociais"? Ou seja, OB é um tipo que nasceu em Moçambique, tem afecto pelo tom daqui, gosta da literatura de Mia Couto, e se faz um grupo para elogiar o Mia está-se a promover como "bloguista". O OB é um "facho" do caraças? Que me lembre, até cansativo. Mas se o OB fosse um apaniguado de outros extremismos (a IURD, o PCP, os direitos dos animais, a ecologia, Nossa Senhora de Fátima) tinha toda a liberdade de promover escritores de quem gosta que não lhe fariam declarações de intensões, não lhe reduziriam o gosto literário a pura manobra de auto-promoção. [Diga-se ainda, um tipo que pensa como o OB não cola, ideologicamente e sensitivamente, com o universo de leitores de Mia Couto, não recolhe decerto promoção particular].

3.b. Eu não sou promotor da iniciativa, fui divulgador. Aliás, pensada em termos dos objectivos proclamadas, até a acho contraproducente, a academia reagirá contra movimentos populares em termos de defesa do seu saber corporativo. Para mais acho o Prémio Camões uma pepineira neo-imperial ... E ainda para mais, como prémio político que é, o facto de ter sido dado a Pepetela (e, já agora, ao arrependido Luandino Vieira) torna-o pouco recomendável ... (lá está, o blogueiro supra-reaccinário OB tira credibilidade mas o esbirro Pepetela - deixemos-nos de merdas, que conheço quem esteve nas mãos dele - naõ tira, são os limites desta postura moralista que polui o campo literário, que V. aqui ecoa)

4. Não levo a mal, claro. E como é mesmo para a liberdade de expressão espero que não leve a mal a minha resposta.

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