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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
[La Boetie, Discurso Sobre a Servidão Voluntária, Edições Antígona, 1986, (tradução, introdução (pobre) e notas (por vezes absurdas) de Manuel J. Gomes)]
Se acaso hoje nascesse um povo completamente novo, que não estivesse acostumado à sujeição nem soubesse o que é a liberdade, que ignorasse tudo sobre uma e outra coisa, incluindo os nomes, e se lhe fosse dado a escolher entre o ser sujeito ou o viver a liberdade, qual seria a escolha desse povo?. (35)Não custa a responder que prefeririam obedecer à razão em vez de servirem a um homem; a não ser que se tratasse dos israelitas, os quais, sem ninguém os obrigar e sem necessidade, elegeram um tirano* mas nunca leio a história de tal povo sem uma grande decepção e alguma fúria, tanta que quase me alegro por lhe terem acontecido tantas desgraças*I Livro de Samuel, cap. VIII: Os israelitas, apesar de avisados das mil opressões com que o rei Saul os vai esmagar, insistiram em nomeá-lo rei, para não se sentirem inferiores às nações vizinhas /N.T).