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Declaração de princípio moral (e de repugnância higiénica):

 

"... era um reles arquitecto, dessa pavorosa seita do pós-guerra que fez mais estragos na linha do horizonte europeu do que qualquer Luftwaffe. Em Veneza, o indivíduo desfigurara dois campi maravilhosos com os seus edifícios, um dos quais era, claro está, um banco, pois este género de animal humano adora os bancos com um fervor absolutamente narcísico, com o amor de um efeito pela sua causa. Só por essa "estrutura" (como nesse tempo se dizia) merecia amplamente, a meu ver, um par de cornos. Mas já que, tal como a mulher, também ele era, pelos vistos, membro do PC, melhor seria confiar a missão a um camarada."

 

[Joseph Brodsky, Marca de Água, Lisboa, D. Quixote, p. 17-18 (tradução de Ana Luísa Faria)]

 

(claro está que, aos meus quarenta anos, não há ninguém que se abomine tanto como os arquitectos. Em especial os "melhores").

publicado às 17:48



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