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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Portugal reduz os seus feriados: duas datas identitárias caem, a recuperação da independência e o estabelecimento da república descomemoram-se. Sobre isso já botei aqui duas vezes. Repito-me, isto de combater a "crise" através da redução de feriados põe-me sempre a trautear Chico Buarque, parece-me que é essa a banda sonora do processo. E depois, se há que acabar com os feriados politicamente identitários então "feche-se" o 25 de Abril também. Mas pronto, diz o Estado que há que "meter as mãos à obra", reduzir os descansos. Façam-no.
Agora terminar os feriados politicamente identitários e aguardar o veredicto da igreja católica sobre os feriados religiosos que irão ser extintos? Isto nem na Páscoa. E ainda por cima dito por um membro do governo? Isto é de bradar aos céus. É o grau zero da política, da soberania. De reclamar a cabeça desse Pedro Martins numa bandeja. Literalmente. Sabendo-o mero mensageiro desses ratos de sacristia elevados ao poder.
Não sou eu que me indigno. É aquela gente que é indigna.