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Em Moatize

por jpt, em 18.05.12

[Aldeamento de Moatize, anos 1970s]

 

Nas minas de Moatize (fotografia obtida aqui) houve uma insurreição laboral em finais da década de 1970, que culminou com o massacre da sua administração. Um assunto de quando em vez abordado, à volta da mesa, mas nunca passado a "letra de forma".

 

O ano passado o Expresso publicou uma bela reportagem sobre o assunto, "O Massacre de Moatize", da autoria de António Pedro Ferreira (fotografias), José Carlos Castanheira (texto) e da "nossa" ("é muito cá de casa", dirá parte do colectivo ma-schamba) muito querida Paola Rolletta . Já então chamei a atenção para a publicação. Agora a equipa recebeu uma menção honrosa do Prémio Cáceres Monteiro, em Portugal. Motivo para lembrar a ligação ao texto, para quem não leu vale mesmo segui-la, e ler. Ou mesmo reler.

E dar os parabéns, embrulhando um beijo, à Paola.jpt

publicado às 11:17


2 comentários

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De Fátima Ribeiro a 30.05.2012 às 06:29

Acho a reportagem excelente e muito esclarecedora, até mesmo para mim, que morei no bairro da Carbomoc e vivi intensamente Moatize e as minas de 1980 a 1984, portanto relativamente pouco tempo depois das explosões. Reconheço o grande esforço de investigação e a qualidade obtida passados tantos anos sobre o massacre de Moatize. O texto contém, no entanto, uma passagem que, podendo embora estar a constituir lenda para as novas gerações ("Na vila dizem que a casa de Sousa Pontes está assombrada"), não corresponde à verdade histórica. Refiro-me à passagem "Excepção feita a visitantes oficiais, o grande casarão nunca mais foi habitado". Pois essa, a "casa assombrada do director-geral", foi a casa onde me casei, com uma grande e alegre festa no jardim, e onde vivi e fui feliz logo após o meu casamento. O Pico, meu marido (o Eng. Francisco Soares), então Director-Geral da Carbomoc, já lá vivia há dois anos. Recém-casados tinha eu 24 anos e ele 25. A única razão que nos levou a decidir trocar o casarão (conhecido na altura como casa 15) pela casa vizinha (a casa 17) no ano seguinte ao casamento foi a de querermos um pouco mais de privacidade, uma vez que todos os visitantes e delegações oficiais moçambicanas, alemãs, austríacas, sul-africanas, etc., que lá iam - e eram imensas - ficavam hospedadas em nossa casa. Deixámos então a casa 15 apenas para hóspedes.
Quis fazer esta observação quando saiu a revista, mas outras urgências fizeram com que deixasse passar a questão, que nenhum mérito tira à reportagem. Para a Paola Roleta vão também os meus parabéns pelo prémio e agradecimentos por este belo trabalho e por muitos outros que dela tenho lido.
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De Amadssen Veterano a 06.09.2012 às 12:24

Sou natural de moatize e da nova geracao, realmente ate hoje ficou esta ideia na mente das pessoas que a casa 15 esta assombrada. so depois de ler o comentario acima que fiquei mais esclarecido.

Grato pelas informacoes e meus parabens a Paola

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