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O ano lectivo do ensino português começa para a semana. A Escola Portuguesa de Moçambique reabrirá as suas portas, para bem dos seus alunos e descanso dos respectivos encarregados de educação. Globalmente a escola funciona bem, e se tudo o que é humano é criticável neste caso o saldo é bem positivo. Está portanto de parabéns a Escola Portuguesa de Moçambique.

 

E, muito em particular, porque consegue deixar uma mensagem no seu sítio electrónico, anunciando as modalidades de "receção" dos alunos (que começarão no dia 3 de "setembro" e prosseguirão), em que não abundam os erros ortográficos. Tem, mas não são abundantes. Coisas deste Acordo Ortográfico, a tralha que alguns dizem ser inconstitucional, a tralha que o secretário de Estado (ou "estado"?) diz ter que ser revista (e, se assim é, como pode ser ensinada neste formato?), a tralha que, assim sendo, está à experiência. Claro que a desobediência cívica é difícil de exigir aos funcionários do Estado, como são os docentes. Claro que é desumano criticar uma pequena falha (quem não as comete?). Mas tudo isto é sintomático da confusão gerada por esta tralha ortográfica: apesar do cuidado (óbvio) e da competência (reconhecível) a Escola recebe (receciona?) os alunos e encarregados de erro ortográfico em punho (já vi na internet denúncias de situações muito piores, escolas com grafias anárquicas).

 

Já agora, e para que não se diga que agrido a EPM (a obedecer o melhor que pode às dementes ordens oriundas dos saudosistas homográficos) será de consultar com algum detalhe o sítio do Instituto Camões Maputo, sede local da versão portuguesa do português. E ver como também, apesar do evidente esforço, a confusão gráfica ali reina, uma evidente heterografia.

 

A minha solidariedade para os que, em ambos os sítios e nos respectivos "sítios", têm que viver com o Alzheimer lusotropicalista.

 

jpt

publicado às 18:22


5 comentários

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De jpt a 30.08.2012 às 18:46

telefone-me, para comermos juntos (desgravaram-se-me os números, não tenho o seu)
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De ZE LUZIA a 30.08.2012 às 18:37

FAZ SEMPRE BEM PODER LER COISAS ILUMINANTES, SEJA SOBRE O QUE FOR. Aqui as maiúsculas derivam da minha preguiça, mau nível tcnológico e da teimosia do computdaor pequenino que sabe muito mais do que eu. Quando dou conta teria que corrigir tudo. Daria trabalho sobretudo hoje que não estou com pachorra para tanto. No Maputo ate 2ªfeira!
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De Adriano Alcântara a 30.08.2012 às 20:11

Se a "tralha" do (des)acordo ortográfico ocorresse só nos documentos da Escola Portuguesa de Maputo, caro JPT, estaríamos todos (quase) satisfeitos. Abraço.
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De Rafertino Almeida a 08.11.2012 às 23:20

Caro jpt
Visitei o sítio eletrónico da EPM, após ler o seu artigo, e, de facto, não encontrei erros ortográficos em referência aos respetivos antes e pós-acordo. Nota-se, até, uma escrita cuidada e criteriosa na forma. Estou certo que sabe que a Escola Portuguesa de Moçambique está obrigada a usar o novo acordo ortográfico desde o início do ano letivo passado. É imperativo, logo os seus atores são forçados a utilizá-lo no cumprimento das suas obrigações profissionais, independentemente de gostarem ou não, como sucede em todas as escolas do sistema de ensino público português. E estou de acordo consigo, a EPM está de parabéns porque é globalmente boa, como diz. Cumprimentos
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De jpt a 09.11.2012 às 00:17

Rafertino Almeida sei que a EPM está orientada para usar o AO. E constata-se nas instituições estatais portuguesas, a isso obrigadas, uma enorme confusão nessa adopção. Também por isso aqui saudei o bom esforço da EPM. Na altura do postal acho que tinham um ou dois pequenos erros na página, coisa perfeitamente normal. Principalmente quando comparados com a anarquia gráfica que se generalizou noutros e tantos locais

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