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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Em Lisboa, na próxima semana, David Sogge falará sobre a perversão da ajuda externa. Como o cartaz ecoa, verdadeira epígrafe (panfletária?) "Ao longo das duas últimas décadas, tem-se verificado um grande problema, no campo da ajuda externa: onde as suas principais instituições têm força, a pobreza tende a ficar pior, não melhor". Gostava de assistir. Para aprender sobre a matéria.
E, já agora, para ver se no "debate" alguém do público convocado (e também pela instituição da ajuda externa portuguesa, singularmente chamada "Camões", poeta do império ["ele" há cada coisa]) colocará esta dúvida: será realista colocar esta epígrafe numa cidade capital de um país que vive há pelo menos 25 anos com uma gigantesca ajuda externa, cujas instituições têm ali imensa força, e onde a pobreza em muito se reduziu?
Mas nada disso soará. Que na "espuma do dia" isso da "ajuda externa" é só aquilo para o ACP, os pobrezinhos quase selvagens, não-brancos.
Que cansaço com estas ideologias, cardápio retemperador. Em particular, muito em particular, quando meras legitimações ("vamos todos ouvir o Sogge") das catastróficas instituições do rame-rame. E pró-alento dos funcionários.
jpt