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por jpt, em 06.09.04
Li há algum tempo num jornal (portanto vale o que vale) que no Egipto se pratica o aborto preferencial aos fetos femininos. Há anos li um livro de Amin Maalouf ficcionando a mesma realidade na China, "O Primeiro Século depois de Beatriz" (?, não me lembrava do título, fui ao google. Aliás não aprecio Maalouf, para além do "As Cruzadas Vistas pelos Árabes" e este apreço não é por razões literárias).

Ou seja, dentro de um quadro de valores locais quanto a expectativas sobre recursos e disponibilidades económicas e afectivas, as famílias ponderam e abortam preferencialmente as possibilidades de vida feminina.

Vamos defender? Vão as organizações pró-escolha ou as organizações femininas defender? Claro que não. Vão criticar. Devido aos critérios que subjazem a prática abortiva.

Então e os critérios próprios? Materialistas, psicologistas. Não são eles próprios criticáveis?

Não. Porque, como é óbvio, os nossos critérios são sempre os justos ou os inevitáveis. Só os alheios estão errados. Ou são evitáveis.

publicado às 10:26



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