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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Desde 2011 que recebi imensos pedidos de informação de compatriotas desejando trabalhar em Moçambique. Não terei sido útil à esmagadora maioria, por vezes terei parecido antipático, mas sempre procurei seguir a máxima de nunca menosprezar quem necessita de procurar trabalho. Por compatriotismo mas também porque se houve algo em que Marx acertou foi no "Proletários de todo o mundo uni-vos!", mesmo que agora tenhamos colarinhos brancos e os capatazes sejam "doutores" das administrações públicas. No meu perfil da rede social Academia.edu tenho deixado textos antigos, aqueles que não cabem em blog pois nele não se justificam. Lembrei-me agora do texto mais pessoal que já escrevi, apesar da retórica quase-académica. Tem onze anos, então um período profissional terrível para mim (mas pessoalmente glorioso). Está velho, que muito no mundo mudou. Mas fica para os compatriotas que ainda buscam trabalho algures: para isso nunca confiem no vosso Estado (e tantos ainda me falam nas possibilidades da "cooperação"). Não por causa dos políticos. Mas mesmo por causa da "administração pública". Que é gente, de corpo e (sem) alma.
Fica aqui a ligação para o "Antropologia de um Projecto de Cooperação. (Auto)História de Vida de um Candidato a Cooperante". É um texto meio maluco, iradíssimo. Nota-se na forma. Mas não no conteúdo, "cristalino como o cristal". Custa-me a memória de tê-lo escrito. Ainda bem que o escrevi.