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5 filmes fundamentais

por jpt, em 07.12.07

É (quase)Natal e os bloguistas ficam bem dispostos e trocam cadeias de passatempos. Agora é o Lutz do Quase em Português que me desafia a mostrar cinco filmes de que tenha gostado. Há muitos, claro, e a lista variaria consoante o momento. Escolho cinco dos filmes que me marcaram mesmo. Não será uma lista de excelências, mas sim uma lista de experiências. Alguns já referi quando aqui deixei a minha deprimida autobiografia na véspera dos meus quarenta anos.

Então segue a lista:

1. Die Nibelungen: Siegfried (Os Nibelungos - A Morte de Siegfried) e Die Nibelungen: Kriemhilds Rache (Os Nibelungos - a Vingança de Kriemhilds), de Fritz Lang. Visto (a Vingança de Kriemhilds) em casa, no saudoso programa de António Lopes Ribeiro. Era uma criança, algum esquecimento paternal (mais presumivelmente fraternal) deixou-me diante daquilo, noite fora, aos 8 ou 9 anos. Ainda estou a recuperar. Felizmente não tenho conseguido.

2. A Queda do Império Romano de Anthony Mann. O filme será uma vera pepineira, se revisto, típico filme histórico de Hollywood. Mas lembro-me de o ver, menino de 8 anos no Monumental, tarde de cinema com a minha mãe. E da espantada e profunda sensação de algo diferente. Era esta senhora. E ainda é. 3. The Magnificent Seven, de John Sturgess. Verão de 1972, São Martinho do Porto. Estou a passar férias com o meu irmão João, mulher e bebé. Tenho 8 anos. Eles saem à noite para ir ao cinema e ficamos em casa (o único ano em que ficámos na casa perto da cancela do caminho-de-ferro) com a(s) empregada(s?). De súbito ele volta, que o "filme é para 10 anos" e eu, pequenino "mas só tenho 8 anos" e ele sorrindo, que não faz mal. Não me esquecerei da excitação, do entusiasmo, aquilo de ir ao cinema à noite. E do pasmo diante de tão soberba cowboiada. Aliás tudo isso volta quando revejo o filme.4. Solaris, de Andrei Tarkovski. Eu tinha dez ou onze anos. Mas não era a única criança. Os meus pais levaram-me ao Caleidoscópio ver o filme, na outra sala estava o 2001. Ali se anunciava que era a oposição entre a ficção científica socialista (Lem e Tarkovski) e a capitalista (Clarke e Kubrick), e havia corrida aos filmes. Sem qualquer dúvida, era o país que era uma criança, não só eu. Lembro-me que me apertavam os sapatos e, muito, daquele abismo. Alguma coisa devo ter transparecido, já não me levaram ao 2001, que só vi adolescente.

5. Apocalypse Now, de F.F. Coppola. Desde a adolescência psicotrópica, influenciável pelo "Charlie don’t surf". Sem precisar de versões extensas ...

E um extra para a lista pedida pelo Quase em Português

6. The Quiet American, de Joseph L. Mankiewicz. Bem mais tarde, mas conclusivo. Por melhor que sejam as coisas do cinema se o livro vale, vale bem mais.

Agora cumpre-me fazer seguir a corrente, encomendando a outros cinco bloguistas a tarefa: Olhar Sociológico, Avatares do Desejo, Mãos de Moçambique, Miniscente e aos múltiplos tripulantes do Mar Salgado. Se tiverem paciência ou prazer nisto.

publicado às 12:48


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