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Obra de Malangatana em Portugal

por jpt, em 16.10.09

Há alguns meses estive com Malangatana, uma bela sessão onde se viu o filme de Carlos Saura sobre Portugal. Ali em casa de gente amiga, e que nos soube receber, ele estava animado. Ainda que acabasse de sair da clínica, onde tinha sofrido um breve internamento, aprestava-se para partir para Portugal para esculpir: "coisa grande, meu menino!", anunciou em voz cheia.

Agora tenho ecos do que andou ele a fazer por lá. No Estrada Poeirenta o António Oliveira apresenta o trabalho colocado no Barreiro,

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deixa as fotografias e a descrição do monumento projectado pelo arquitecto espanhol Busquet e com desenho de escultura de Malangatana. Espero agora imagens em detalhe do que o velho mestre deixou pelo Barreiro. Porventura precisarei de lá ir - e eu nunca fui ao Barreiro.

jpt

publicado às 23:51

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[Thomas HardyO Pregador Atormentado, Quasi, 2008 (tradução de Vasco Gato)]

Um conto longo, editado a solo em colecção de bolso, Numa pequena aldeia (Nether-Moynton) a jovem e bela viúva Lizzy Newberry alberga o pastor metodista Stockdale, ali provisoriamente colocado. Logo brota contido romance entre ambos, envolto no choque entre o conservadorismo legalista (mais até do que moralista) de Stockdale e o pragmatismo aparentemente exuberante da Newberry, e como o amor não vence essa diferença de concepção de vida. O final é convencional, de tal modo que tem adenda com final alternativo proposto pelo autor trinta anos depois, menos de acordo com as "obrigações" da época e mais condigno com o espírito das personagens.

Envelhecido o conto fica como documento. O interesse actual desta leitura (ainda para mais em texto traduzido) não radica tanto no jogo entre as personagens, muito tipificadas, ou da própria trama, hoje adivinhável. Está mais no que aquelas representam, o choque entre a longínqua legalidade estatal (mental, em Stockdale apesar das suas hesitações; prática, no membro da administração policial) e a realidade comunitária, com as suas prática trans-legais (o contrabando) e as suas intersolidariedades: "O que é o dinheiro por comparação com uma consciência tranquila?", pergunta o externo Stockdale à aldeã Newberry que lhe responde "A minha consciência está tranquila. Conheço a minha mãe, já o Rei nunca o vi. As suas obrigações nada me dizem." (83).

Um motivo de interesse complementar é a breve descrição - mas que mesmo breve deixa perceber a profundidade da leitura imaginativa de Hardy, a não criar monolitos - da complexidade religiosa da aldeia, assim não surgindo esta como uma mera "comunidade" homogénea adversa ao exterior mas também ela atravessada pelas fissuras das múltiplas lealdades religiosas. Não apenas entre grupos religiosos, mas sim vividas de forma complexa, rica, pois integrando a pluralidade de práticas religiosas ao nível individual, com a recorrente pertença a várias igrejas dos aldeões. Fino detalhe, para leitura aprazível.

Pelo menos para a corporação.

jpt

publicado às 23:01

O pôr-do-sol da Carolina

por jpt, em 16.10.09

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Ali na Karl Marx, em casa do Gonçalo Mabunda, a Carolina ficou-me com a máquina e procurava apanhar o pôr-do-sol. Um dos que conseguiu foi este ...

jpt

publicado às 09:27


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