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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Mandaram o tipo à África do Sul, é jornalista. À porta do hospital onde Mandela agoniza diz o tal jornalista português que se coloca a possibilidade de se terminar o apoio artificial, tecnológico, à vida do velho líder. Mas tomar essa decisão enfrenta um problema, diz-nos, com ar semi-pesaroso semi-analítico. E explicita o tal problema, como se pedindo a nossa compreensão para aquele peculiar contexto cultural, quiçá muito africano: é que na "tribo" de Mandela só se pode fazer isso, cessar o apoio artificial à sobrevivência, a pedido do próprio. Ora como Mandela está (já) impedido de o fazer só resta uma solução. Que a família tome essa decisão.
Ocorre-me que na minha "tribo" também é assim.
Não sei quais serão as regras, morais e legais, para estes casos lá na "tribo" do energúmeno jornalista. Nem os da "tribo" (selvagem, canibal, ágrafa decerto) dos seus espectadores, consumidores dos seus anunciantes.
Que "tribo" de gente.