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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
[Adaptação de um anterior postal dedicado a um jogo também importante, ainda que menos decisivo, mas com os mesmos conteúdos técnico-tácticos.]
[Tapeçaria de Bayeux, power point da selecção sueca]
Decisivo o jogo de hoje, entre Portugal e a Suécia. Perder o acesso ao almejado Mundial Brasiú-2014 será uma catástrofe nacional, uma "Invencível Armada" desbaratada pela arrogância nobiliárquica. A Cristandade exige o sucesso (como já referiu o oráculo de Nossa Senhora de Caravaggio). Como alcançá-lo? Que esperar do jogo e da atitude dos temíveis pagãos Varegues?
Os suecos praticam um estilo de jogo clássico, conhecido pelo "desenlace de Bayeux". O qual consiste, fundamentalmente, num desembarque em massa. Terrível de agressividade.
São sempre apoiados por uma claque, frenética, de crença fanática na sua equipa, um nacionalismo fervoroso.
Tornam-se audíveis durante todo o jogo, utilizando insuportáveis instrumentos de sopro, conhecidos por "vuvuzelas"
O seleccionador sueco é um líder carismático, de tendências autocráticas, mantendo a ferro e fogo a disciplina interna.
Conta com um banco de suplentes cheio da valia, ainda que já acusando alguma veterania.
Tanto nas acções ofensivas como defensivas o lema da equipa é a actuação em pressão alta, por vezes roçando a violência.
O seu jogo é pendular, sendo o fio de prumo um poderoso trinco, típico jogador box-to-box, incansável.
A equipa ataca em harmónio, com praticamente todos os seus jogadores envolvidos nas acções de golpe e contra-golpe.
Têm um campeão, um mouro dito Ibrahimovic, conhecido pela perfídia e por rasgos de inesperada genialidade. Um adversário temível.
Imbatíveis? Não o penso. Está provado que um bom trio de centrocampistas pode deter a fúria "normanda", e em dia de inspiração estes João Moutinho, Miguel Veloso e Raul Meireles poderão ser dique intransponível. Primeiro resistir. Depois contra-atacar, rebatendo-os até à praia.
Em meu entender, e por razões visíveis, o jogador português que hoje será determinante é Raul Meireles. Nenhum cristão com ele rivalizará na capacidade de afrontar os malvados vikings no seu próprio reduto.
Se estiver nos seus dias, e se a equipa lhe corresponder, conduzir-nos-á à vitória. Caso contrário tornar-se-á necessário utilizar a velha táctica do óleo a ferver muralhas abaixo, antes dita catenaccio.