O Sono dos FilhosContra a palma das mãossua respiração traz-noso infinito lumede um sol lembradona memória dos olhos.Banho-os nocturnamentecom lágrimas de geloe eles riem revolvem-seno doce útero do sono.Nesse calor originalminhas desastradas mãos sabemque trepida como nuncao coração do mundo.[Heliodoro Baptista, Por Cima de Toda a Folha]