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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
"Surpreendentemente, o Satanás de Job sugere a figura do crítico. Mantém com a Divindade essa intimidade marcada de azedume que é demasiadas vezes a dos críticos com os artistas. Talvez o seu papel tenha sido determinante: talvez Satanás tenha impelido Deus a criar. "Mostra-me", troveja o crítico e teorizador. E assim que a criação se desdobra diante dos seus olhos, Satanás começa a procurar-lhe os defeitos. Ironiza sobre a auto-satisfação do Criador, sobre o seu "muito bom"."
[George Steiner, Gramáticas da Criação, Relógio d'Água, p. 61]