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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Chico Buarque é a minha juventude, o meu homem, my man. Não só ele mas também. O Chico Buarque, eu ainda menino, dos vinis da minha irmã, querida, também mãe (que não lê este blog), do seu marido, meu mano. O Chico Buarque do tanto mar, raisparta,a cantar (a)o meu país que se fez país quando eu entrei no liceu, assim elixir de juventude daquilo Portugal que então era apenas coisa. O Chico Buarque do amor, da doçura, naquele meu país sedento disso saído da guerra e dos boçais toureiros, da merda machista forcada e bêbeda em que ainda crescemos. Assim o Chico Buarque da grandeza de ser homem com h pequeno. (Já depois) o Chico Buarque da festa do Avante, o tímido, ébrio, choroso, com medo, pavor, daqueles milhares de isqueiros acesos, dele amorosos, totalmente apaixonados, a começarmos a década que foi nossa, aquela dos 80s, a amarmos Chico com a sua beleza, o seu enleio, a sua magna elegância, a sua total fraqueza.
Chico Buarque, a vida, faz agora 70 anos (e como estou eu sensível a estas coisa, a dias dos meus 50, como [se] passou isto?!!!). Fica aqui esta hora e quarenta e três minutos de "Chico", neste enternecedor registo, como se minimalista, sem orquestrações insufladas. Ouvi-lo é viver ...