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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
O seleccionador português de futebol sénior ter-se-à irritado com o horário matutino dos testes de anti-doping que iam fazer aos seus seleccionados e mandou o funcionário público responsável por tais necessários serviços para determinado sítio. Falou como os homens portugueses falam entre si, que a recorrência do "palavrão" é praticamente universal, variando fundamentalmente a entoação [ao meu pai ouvi alguns irados "patifes" e "malandros", o seu cume, que eram bem mais peludos do que o até cinéfilo "motherfucker" queiroziano] - ela sim, verdadeiramente significante. Mas, face ao actual ambiente moral (aka, político) português, insultar um responsável dos serviços públicos (ainda que indirectamente - o homem estava ausente) implica uma condenação: suspensão do trabalho (que é um direito, diga-se) e uma multa.
Lembro que por mais importante (e digno) que seja o posto de responsável pelos serviços públicos da luta contra a droga desportiva não é mais importante do que o de um deputado da república (ou será preciso ir ver a lista das precedências no protocolo de Estado?). Ora o cidadão José Socrates rematou há pouco para o deputado Louçã (sim, este credor de algumas "bocas", concedo) um qualquer "mansa é a tua tia". Em plena assembleia, diga-se. Quantos dias levou? Quantos euros? Ou isso - os insultos aos eleitos do povo, e na sua presença para mais - não interessa ao antigo presidente da Associação Desportiva de Fafe, elevado a secretário de estado dos desportos (ou seja, que deles emana, depende)? Uma Lily Allen para os laurentinos, sff.
jpt