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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
["Ilha de Moçambique","Évora/Ilha de Moçambique" (8 postais; cx. com duas fotos). Fotografias de José Cabral (1997-1998); Edição da Câmara Municipal de Évora, s/d (1999?)]
Em Junho de 2004 publiquei esta entrada. Saudando o olhar do Zé Cabral. Mas também porque gosto muito da Ilha, por lá tenho estado, até trabalhado. Chateia-me a propósito da Ilha um não sei quanto de coisas, mas acima de tudo as reconstruções da história, sempre a la carte. Chateia-me imenso o saudosismo, sempre falsificador, sempre cego, ao antes, ao agora e, claro, ao que aí vem. Infecundo. E também me chateia o exotismo ignorante.
Também por isso agora abandono o excesso de subtileza. Trabalhei há uma década com o Instituto Camões e desde então não elaboro sobre o que fazem. [ ...] Mas acho absolutamente lamentável que um sítio oficial signifique Moçambique através de um fotografia (bela, e da autoria da minha querida amiga Isabel Osório) de uma mulher nos seus cuidados de higiene. Acho de uma total e radical ignorância, cultural, antropológica, como lhe quiserem chamar. É, para glosar a conhecida expressão, o boçalismo a céu aberto. Quem não percebe acha piada. Lindo (é um cliché, até). E quem percebe?
jpt