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Biblioteca Brazão Mazula

por jpt, em 09.01.08
Fim de férias:A nova Biblioteca Central da UEM, a inaugurar em breve (presumo).

publicado às 23:55

Ensino Bilingue em Moçambique

por jpt, em 10.09.07

Aqui deixo longo texto, da autoria de Fátima Ribeiro: "Ensino Bilingue em Moçambique: preocupações que deviam ser de todos". Já publicado no semanário "País" e no Diário de Um Sociólogo, de Carlos Serra. A Fátima Ribeiro tem sido das raras pessoas a escrever publicamente sobre o assunto - que eu saiba é mesmo a única - razão que não é a única para atentar nas suas "preocupações".

 

Leigo na matéria só posso acrescentar da minha absoluta crença na necessidade de instalar o ensino bilingue (para incrementar o sucesso escolar, em particular o rural), para combater a hipótese de glotocídio. Leigo na matéria posso ainda prever que muito do que a Fátima Ribeiro expressa tem todo o fundamento pragmático.

 

Aqui fica:

 

 

ENSINO BILINGUE EM MOÇAMBIQUE:PREOCUPAÇÕES QUE DEVIAM SER DE TODOS

Fátima Ribeiro*

 

Ao intervir no programa Linha Directa da Rádio Moçambique de 28.07.2007, dedicado ao tema “Ensino Bilingue – Situação Actual e Perspectivas”, uma vez mais me senti, nessa matéria, uma voz falando num deserto que sei particular: cheio de gente que vê, mas onde quase ninguém ousa dizer. Ou melhor, onde em público só fala praticamente quem, por inerência de ocupação, tem a obrigação de se pronunciar em consonância com o que se está a propor e executar: os técnicos directamente envolvidos no processo.


Decidido está e, a bem ou a mal, o programa “experimental” de educação bilingue em Moçambique, iniciado em 2003 e abrangendo presentemente 15.000 alunos em 75 escolas de todas as províncias (1) , tem de ser expandido, e o quanto antes, à escala nacional. Porque “a decisão é política, ponto final”, como se ouve dizer. Porque assim recomendam também as directrizes globais para o desenvolvimento (2) . Porque já muito dinheiro foi gasto e, aos doadores, seus governos e contribuintes, tem de ser justificado. Porque a máquina está em marcha acelerada e é impossível fazê-la parar. Enfim, porque politicamente incorrecto levantar as questões que coloco.


Da minha parte fica a satisfação de, baseando-me na minha experiência de três décadas de ensino em Moçambique (no campo e na cidade, na alfabetização, no ensino secundário e superior, na formação de professores, no ensino de português língua materna, língua segunda e língua estrangeira, no Estado e no sector privado, a crianças e adultos, a turmas de mais de cinquenta e a pequenos grupos) ter vindo a alertar quem de direito, desde a primeira hora (3) - os primórdios do projecto PEBIMO, em 1991/92 - para problemas que considero fundamentais. Em mim, dizia, fica o consolo de ter posto à consideração um outro modelo que me parecia de muito mais rápida introdução e expansão, mais fácil e menos onerosa implementação. Fica ainda a esperança e ansiedade de ter vida e saúde para apreciar os resultados do processo a curto, médio e mais longo prazos, e o desejo, sincero, acredite-se, de vir a constatar que estava enganada nas minhas percepções e convicções.


O que está em causa


Não são necessários profundos estudos para se constatar o que há anos venho afirmando: em Moçambique, nos moldes em que está concebido e com os recursos que possuímos e podemos garantir e desenvolver, note-se bem, o modelo de ensino bilingue em aplicação não é sustentável, nem oferece a garantia de um mínimo de qualidade que justifique o tremendo esforço despendido e a despender, sobretudo em tempos de resposta ao HIV/SIDA e de honrar o compromisso de educação para todos.


São diversos os documentos que atestam o estado actual do sector da educação. Segundo o relatório do UNICEF A Pobreza na Infância em Moçambique: uma Análise da Situação e das Tendências, no período compreendido entre 1992 e 2005 triplicou o número de alunos no subsistema de ensino primário, tendo passado de aproximadamente 1,3 milhões para mais de 3,8 milhões, enquanto o número de alunos no secundário aumentou de cerca de 45.000 para 245.000 (4). Posteriormente, e apenas em 2006, conforme declarações prestadas recentemente pelo Ministro da Educação e Cultura (5), perto de um milhão de crianças entraram pela primeira vez na escola. Não obstante esta impressionante vaga de acesso, urge ainda acomodar no curto prazo, para além das que forem atingindo a idade escolar, o meio milhão de crianças que se encontram fora do sistema (6).


Baseando-se em vários documentos oficiais de referência, diz o relatório do UNICEF atrás citado que o rápido aumento nas matrículas não foi acompanhado por um maior investimento na qualidade de ensino ou por estratégias adaptadas aos aumentos massivos do número de estudantes, tendo os indicadores de eficiência interna e qualidade, como a percentagem de professores com formação e o rácio professor/alunos, por exemplo, sofrido agravamentos. Em 2005, no primeiro nível do ensino primário havia, em média, um professor para 74 alunos. O Plano Estratégico do Sector da Educação, 2005 (PEE II) reconhece que os professores estão deficientemente equipados para lidar com alguns dos desafios que o novo sistema coloca, tais como a realidade de um ensino ministrado a pessoas com diversas idades em turmas grandes e em turmas com diferentes classes, a falta de material didáctico, a disparidade de género e o HIV/SIDA. Por sua vez, o Inquérito sobre a Força de Trabalho (IFTRAB) de 2004/2005 (7) revelou que 47% dos inquiridos se mostravam insatisfeitos com a sua escola local, e que era grande a diferença entre respondentes de áreas urbanas e rurais (28% e 61% (8), respectivamente). As principais causas de insatisfação apresentadas foram a falta de materiais (31%); as fracas condições das instalações escolares (29%); a falta de livros (17%); a falta de professores (6%) e o pagamento de subornos (1,5%). Um grande obstáculo à qualidade de ensino frequentemente citado foi a falta de livros, estimando-se que apenas 25% dos alunos possuíam todos os manuais necessários (9).


Assim era a situação em 2005, visivelmente mais grave está em 2007. Por toda a parte, e até na capital, proliferam as escolas com turmas de uma centena de alunos, sem salas de aula, sem livros, sem professores suficientes ou com professores sem preparação. “Milhares de alunos das escolas primárias da cidade de Maputo continuarão, até ao final do presente ano, a assistir às aulas sentados no chão, devido à falta de carteiras nos estabelecimentos de ensino onde estudam, segundo as autoridades locais da Educação e Cultura. Desconhece-se a data em que o défice de carteiras será ultrapassado”, informa o jornal Notícias (10). E se assim é presentemente, vigorando à escala nacional apenas o ensino monolingue, quando ao grande choque de acesso se juntarem os impactos da expansão do ensino bilingue, nos moldes em curso, a toda a área rural do país, isto é, daqui a escassa meia dúzia de anos, terá a Educação em Moçambique alguma dignidade outra para além do patriótico orgulho de termos introduzido as línguas moçambicanas no ensino?


Dez grandes obstáculos à vista


Ignorando todas as questões de carácter político e especificamente linguístico que também se levantam neste domínio da introdução das línguas moçambicanas no ensino, aqui recordo e actualizo, em síntese, alguns dos problemas para os quais tenho chamado a atenção, alertando para a necessidade urgente de uma abordagem mais global do Programa de Educação Bilingue, uma fundamentação mais consistente do que se está a estabelecer, e uma urgente definição de responsabilidades para a prevenção do que poderá acontecer:


1. Planificação – No verdadeiro “marketing social” que tem vindo a efectuar, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) tem afirmado que caberá aos pais decidir em que modalidade, monolingue ou bilingue, inscrever a criança. Com que base se fará a planificação global das necessidades (salas de aula, professores, livros, meios logísticos) e a previsão dos respectivos custos?


2. Financiamento – Acarinhado por alguns doadores, o Programa de Educação Bilingue tem beneficiado de grande financiamento externo. O nível de financiamento acompanhará na devida proporção a expansão do ensino bilingue? Que acontecerá se o desempenho e os resultados não corresponderem às expectativas dos doadores?


3. Estruturas do MEC – Na prática, para todo o ensino primário, passará a haver dois sistemas dentro do sistema nacional de educação: o monolingue e o bilingue, e este terá duas dezenas de variantes, correspondentes às línguas bantu moçambicanas. Está o Estado capaz de duplicar e, para a modalidade bilingue, “vintuplicar” as funções e os órgãos necessários, tais como órgãos de apoio pedagógico, inspectores, comissões de exames?


4. Livros do aluno e do professor – Para os sete anos do ensino primário, em vez de algumas dezenas, como acontece presentemente, passarão a ser necessários milhares de livros, que terão de ser concebidos, revistos, testados, impressos, distribuídos, actualizados, garantidos ao aluno e ao professor totalmente a expensas do Estado. No curto e médio prazos, não estamos capazes de o fazer, o que o próprio programa “experimental” já comprovou: as primeiras turmas submetidas ao ensino bilingue estão agora a meio da 5ª classe, e já no início do próximo ano lectivo também a 6ª classe precisará de materiais nas línguas locais. Apesar dos grandes esforços que têm sido empreendidos desde inícios da década de 90 com o projecto PEBIMO, esse sim experimental, os livros produzidos apenas atingem a 4ª classe (11). Recordo que para aquele projecto era por vezes em meados de um ano que se começavam a fazer livros para serem usados no ano seguinte, problema que, como vemos, ainda hoje se verifica. Com que qualidade estão a ser feitos? E que acontecerá quando tiverem de ser actualizados ou substituídos?


5. Logística - Um simples exemplo baseado na nossa experiência: todos os directores de escola e professores (e também os funcionários das direcções de educação a todos os níveis) que viveram, logo após a independência, a introdução do novo currículo e dos novos manuais, muitas vezes apenas dactilografados e policopiados pelas Comissões de Apoio Pedagógico e Zonas de Influência Pedagógica, as chamadas CAPs e ZIPs, se recordam do esforço de reprografia que foi necessário para garantir a si próprios e aos alunos materiais de ensino e aprendizagem. Naquela altura, eram em muito menor número as escolas existentes, e a maior parte delas, herdadas do período colonial, estavam melhor equipadas que a grande maioria das que hoje possuímos. Que farão presentemente as escolas, classes ou turmas às quais não se conseguirem fazer chegar os manuais e outros materiais de ensino-aprendizagem específicos do ensino bilingue?


6. Qualidade da formação de professores – Os professores primários, com uma formação geral já por si muito insuficiente, não sabem escrever nas línguas que vão ensinar. Estão a aprendê-lo em escassos dias ou semanas, e assim terá de continuar a ser no curto e médio prazos, por muitos que sejam os esforços na formação via currículos “normais” acelerados. A grande maioria dos professores não vão adquirir a consistência necessária para transmitir um mínimo de segurança aos seus alunos, crianças das primeiras classes que só virão a escrever em português anos depois.


7. Número de professores – Para que os pais tenham o direito de opção por uma das modalidades, monolingue ou bilingue, caberá ao Estado o dever de garantir o funcionamento simultâneo das duas modalidades nas mesmas localidades. O eventual aumento do número de professores primários rurais resultante dessa obrigação não parece estar a merecer a devida preocupação.


8. Mobilidade dos professores – Como cada professor só poderá ensinar em zona(s) correspondente(s) à(s) língua(s) que domina, ficará consideravelmente reduzida a sua mobilidade. Conseguiremos nós cobrir, só com professores da mesma zona linguística, as necessidades das áreas mais carenciadas em recursos humanos, como, por exemplo, a área echuwabo, na província da Zambézia?


9. Substituição e reposição de professores – Com uma esperança de vida à nascença a tender para os 36 anos e a elevada taxa de morbilidade que sabemos existir entre nós, não conseguiremos garantir reposições e substituições temporárias dos professores com formação para o ensino bilingue. Que farão os alunos sem professor em períodos relativamente prolongados?


10. Proficiência dos alunos em língua portuguesa no final do ensino bilingue e continuidade no tronco comum do sistema nacional de ensino, os indicadores-chave de resultados finais de todo o programa – A exposição dos alunos à língua portuguesa no ensino primário vai ser extremamente reduzida. Terão eles, terminado o ensino bilingue, atingido um desempenho oral e escrito que lhes permita prosseguir no tronco comum do sistema nacional, com o português como língua de ensino de todas as disciplinas? Não me parece que o programa “experimental” tenha garantido essa transição após o EP1, como estava inicialmente previsto. Um eventual fracasso do sistema fará aumentar, no ensino secundário, a taxa de insucesso escolar e a segregação “natural”, já actualmente gritante, baseada no domínio da língua portuguesa.


O risco e as prioridades nacionais


Visitei em 1980, na extinta RDA, um centro de formação de professores, escolas primárias e um museu sorábios (ou ‘zórbios’, como também me dizia a intérprete), de excelente qualidade. Ali vi os grandes esforços que um Estado empreendeu para defender o que considerava um direito desta minoria eslava de uns 50.000 habitantes (outros tantos residiam na Polónia). Mas ouvi também, invariavelmente, o lamento de os pais não corresponderem a esse esforço, por considerarem mais importante inscrever seus filhos nas escolas alemãs, que tinham constatado oferecer mais garantia de um futuro seguro.


Estive forte e entusiasticamente envolvida, durante quatro anos, num modelo de ensino inovador, considerado piloto na altura, o das Escola Secundárias da FRELIMO. Embora riquíssimas algumas das experiências ali vividas, merecendo replicação nos nossos dias (as disciplinas de Educação Sexual e Produção Agropecuária, a introdução do inglês na quinta classe, o esforço de produção para autoconsumo, a machamba experimental e o que permitia na divulgação de melhores técnicas de produção agrícola à população vizinha, a participação efectiva de alunos, professores e outros trabalhadores no processo de gestão da escola), era verdadeiramente utópica e insustentável a ideia de pretender expandir tal modelo à escala nacional, como aliás a própria prática acabou por revelar. Porque era impossível manter um corpo de professores com o entusiasmo, a disciplina e a dedicação dos que tinham criado o sistema em Bagamoio, na Tanzânia, e os do momento de euforia da independência. Porque era um sistema completamente isolado da realidade global do país. E porque, com absolutamente todas as despesas em dinheiro dos mais de mil alunos que o frequentavam nas escolas de Ribáuè, Mariri e Namaacha cobertas pelo Estado, eram grandes e incomportáveis os custos que acarretava. (12)


Com o ensino bilingue em Moçambique sinto que embarcámos em mais um programa do género dos dois anteriores, cheio de bons princípios, boas vontades e outras virtudes, e até acredito que, como programa “experimental”, alvo de todas as atenções dos envolvidos a nível macro – o Ministério da Educação e Cultura (MEC), o Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação (INDE), os doadores, os técnicos e activistas das ONGs de implementação – e contando com grande empenho dos professores e comunidades para quem constitui novidade, esteja a dar alguns resultados positivos em algumas das 72 escolas em que está a ser implementado. Mas a sua expansão, a breve passo, à escala nacional, envolvendo milhares de professores e vastíssimos milhares de alunos (quantos, quem sabe?), para além de, por falta de sustentabilidade e um mínimo de qualidade, poder pôr em grande risco a educação das próximas gerações, consome recursos que poderiam ser usados, seguramente com mais eficiência e eficácia, em outros desafios urgentes:


1. a defesa física da nossa população, dos nossos professores, dos nossos estudantes, através da prevenção do HIV e do acompanhamento e tratamento dos que já estão infectados.


2. a educação para todos, que seria melhor conseguida sem tão grande e problemática mudança estrutural no sistema nacional de educação (13).


Não tenho dúvidas de que, por utilizar a língua materna do aluno, também língua do local em que a escola se insere, o ensino bilingue permitirá uma mais suave integração da criança na escola, uma melhor relação aluno-professor e uma mais profunda ligação escola-comunidade. Por experiência própria, sei que a utilização de uma língua que o aluno domine torna mais fácil a transmissão e aquisição de conceitos, mesmo que inexistentes nessa língua. Nenhum destes efeitos tão propagados pelos técnicos do sistema ponho em causa. O caminho por que estamos a enveredar, no entanto, afigura-se-me um mar de problemas sem soluções à vista num horizonte temporal previsível, quando tantos outros exigem de nós igual ou mais urgente atenção.


Sem que sejam acauteladas as preocupantes questões que aqui apresento, a utilização das línguas moçambicanas como línguas de ensino não bastará para que melhorem os resultados da aprendizagem (real, acrescento) – razão primeira alegada para a introdução do ensino bilingue em Moçambique. Em colapsando esta modalidade, ou se o desdobramento de esforços e outros impactos directos e indirectos vierem a tornar ainda mais frágil e deficiente a vertente monolingue do sistema nacional de educação, a quem vamos pedir contas?


Em jeito de minha retirada de toda esta problemática, recordo, de memória, um dos textos dos primeiros livros de leitura do Moçambique independente: “Nós é que fazemos o nosso destino”.


* Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas


(1) Dados fornecidos por Rafael Sendela, Coordenador do Ensino Bilingue no Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação (INDE). Cf. “Ensino Bilingue conta com 15 mil alunos”, jornal Notícias, 01.08.2007, primeira página.


(2) Cf. “Policies on the Use of Multiple Languages”, in PNUD, Human Development Report 2004, p. 60-63.


(3) Fátima Ribeiro, “Português, Língua Veicular: Algumas Reflexões sobre Modelos de Ensino (ou Carta Aberta por um Moçambique Estável e Sustentável)”, publicado no jornal Savana de 28.12.2001; “Ensino Bilingue: Uma Aposta Viável?”, in Savana 18.02.2005 e no fórum de discussão Ideias para Debate, de Machado da Graça (http://ideiasdebate.blogspot.com); “Uma Alternativa ao Ensino Bilingue Proposto pela Reforma Curricular”, in Savana 10.06.2005 e Ideias para Debate; e ainda “Relatório do Desenvolvimento Humano 2004 e Política de Línguas para o Ensino”, in Ideias para Debate, 05.06.2005.


(4) UNICEF, A Pobreza na Infância em Moçambique: Uma Análise da Situação e das Tendências, Maputo, Moçambique, 2006, p. 144.


(5) Jornal Notícias de 30.07.2007, p. 2.


(6) Ibidem


(7) Instituto Nacional de Estatística (INE), Inquérito Integrado à Força de Trabalho (IFTRAB) 2004/2005, 2006


(8) Note-se que é nas escolas rurais que o ensino bilingue vai ser implementado.


(9) UNICEF, op.cit., p. 163-164


(10) Jornal Notícias de 20.04.2007


(11) Cf. Jornal Notícias de 01.08.2007, primeira página.


(12) Ainda está por fazer uma análise profunda da particular, rica e controversa experiência destas escolas, para que se tirem as devidas lições.


(13) Embora para o objectivo de educação primária universal, no caso de Moçambique, se devesse considerar o adiamento da meta 2015 para se conseguir um melhor equilíbrio entre a quantidade de alunos e a qualidade da educação.

publicado às 05:07

O primeiro dia de aulas

por jpt, em 28.02.07

(mais perto da capital de distrito)

(bem menos perto da capital de distrito)

(manhã da abertura do ano lectivo, província de Nampula, estrada Nampula-Quelimane, Janeiro 2007)

publicado às 08:19

O primeiro dia de aulas

por jpt, em 28.02.07

(mais perto da capital de distrito)

(bem menos perto da capital de distrito)

(manhã da abertura do ano lectivo, província de Nampula, estrada Nampula-Quelimane, Janeiro 2007)

publicado às 08:19

Substituição de Machambas

por jpt, em 06.04.06

Esta entrada vai dedicada ao visitante JAzevedo, verdadeiro e saudado Hermes destas hortas, que abaixo ecoou um lamento, por mim involuntariamente induzido. E desnecessário, como o prova esta foto (apanhada no dia seguinte, nem de propósito ...)

Como vê caro JAzevedo (será o JAzevedo que a história daqui também conhece?) "ele" há coisas. E esta bem boa, a substituição de machambas, as pequenas periurbanas por uma grande machamba do livro. Estamos de parabéns, e expectantes.

publicado às 12:18

HinoUniversidades.jpgDesconhecia-lhe a existência. Uma maravilha de letra.[publicado pelo Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique]

publicado às 23:47

3º dia

por jpt, em 21.05.05

cimg1606.jpg

de ocupação da Universidade pelos alunos. É da história, estes têm sempre razões. A Razão, essa é outra coisa. Entretanto ... já chega de encerramento. Que amanhã tudo tenha acabado. A bem. E em bem.

publicado às 17:37

Respondeu, amável, João Miranda ao que aqui deixei, meio atabalhoado. Tem razão o comentário do MiguelS, ele próprio muito mais dotado e tarimbado para falar da economia daqui, já deixei texto excessivamente longo. Mas ainda assim regresso ao tema, maçando, pois certas palavras são como as castanhas do caju. E regresso face ao texto de JM pois parece-me que não terei sido explícito, ainda que longo.
1. Eu não afirmo que o investimento na educação seja universalmente precedente, e causa do crescimento económico. Foi afirmado uma relação causal empírica, procurei (e demorei) afirmar que quanto muito serão, neste caso, concomitantes. (JM sublinha 10 anos de crescimento económico, eu claro que concordo, mas vou dizendo que são 30 anos - incluindo os da guerra - de acelerado crescimento educacional: e isto num país ainda muito pobre e ainda com baixa escolaridade).2. Sublinho que a essas precedências causais torço o nariz. Um pouco similar é o postulado mainstream actual, o qual afirma a democracia como causa do desenvolvimento. Também aqui acho muito forçado a universalização. Afirmo-o aqui para reforçar a minha reacção ao texto de JM. Não lhe quero inverter causalidades, discordo do exemplo empírico escolhido e, mais do que tudo, da abordagem.3. Enquanto meio para o crescimento económico (e eu fujo a encher o Ma-Schamba com a questão da relação nada linear crescimento-desenvolvimento, aqui não é o meu local de trabalho) posso interrogar-me se uma sociedade sem recursos endógenos ou exógenos pode investir na educação. Aí JM terá razão. Mas também poderemos questionar se uma sociedade sem recursos humanos formados pode produzir e integrar/reproduzir a riqueza produzida? Não falo de "pescadinhas de rabo na boca", soluções eunucas. Falo de que me choca a linearidade causal.4. Há uma dimensão implícita no texto de JM, e também no meu exemplo paralelo. É a educação um meio ou um fim, um instrumento ou um valor em si? Ou, para retomar a dicotomia a que eu apelei, é a democracia um meio ou um fim, um instrumento ou um valor em si?5. No que toca à formulação de JM a subordinação causal não surge como mera descrição. É também uma postura intelectual. Não quero violentar o pensamento alheio, mas parece-me óbvio que o que afirma é um privilegiar do investimento social no crescimento económico em detrimento de uma política sublinhando a educação. Mais, quando diz que "os países que investem" eu não resisto a lê-lo como afirmando (e estou a interpretar o bloguista que já vou conhecendo) "os Estados que investem".Esta é uma posição política crítica perfeitamente legítima. Aquilo que me choca é assentar (pelo menos bloguisticamente) em generalizações apressadas que, e desculpo-me do imperativo, a ilegitimam. Torno a chamar a atenção para o comentário do Luís Aguiar-Conraria sobre os pressupostos da utilização da comparação.6. Vai longo e não quero maçar mais. Apenas isto. Porquê tanta linha sobre blog outro? Acho piada ao Blasfémias, uma azáfama. Mas mais do que isso, é muito interessante ver um blog liberal cheio de sucesso e leitores. Eu não me revejo no liberalismo económico, talvez costela aqui ou ali, mas espinal medula social-democrata. Mas em Portugal não há tradição de pensamento e disseminação de informação sobre o liberalismo: herança católica, fascismo e coorporativismo, sua oposição muito marxizante, uma democracia estadocentrada (por herança do brevissimo período revolucionário mas acima de tudo porque sistema de reprodução política).Daí que um blog liberal, cheio de gente de boa e rápida tecla é interessantissimo e mais do que tudo, bem-vindo. Talvez por isso me irrite tanto com a pressa linear que vou aqui e ali descobrindo - ainda que não esteja a exigir uma revista filial de universidades inglesas, claro está.
7. Referir o interesse do Blasfémias não é afirmar-lhe nenhuma responsabilidade social. Credo! Tudo menos isso. Já disse, e repito, cada blog como cada qual (ou quais). Do bloguismo, e repito-me de novo, velho, acho que o mais interessante é o fenómeno de auto-edição (poesia, prosa, desenho, foto) e colectânea. Mas esta disseminação da expressão escrita política é também fundamental, ainda para mais cruzando gente a pensar diferente, o que talvez impelisse a um menor linearismo (palavra aqui posta para fugir ao panfletarismo, que é assim um bocadinho agressivo). E neste sentido aqui chamo a atenção para um texto ao qual cheguei via Ideias-Soltas, colocado no Albardeiro, blog que desconhecia.
Cito-lhe excerto: "Pelo contrário, a blogosfera permite o alargamento exponencial daquilo que Pierre Bourdieu define como “competência social” para ter opinião política, retirando-a do domínio exclusivista da tecnicidade burocrático-profissional. E se, em muitos casos, essa dimensão interventiva dos blogs ainda não se verifica, como diz o ditado “o caminho faz-se caminhando”.
E acho que caminharemos melhor se juntarmos a ligeireza e a brevidade do post com um bocadinho menos de pressa. Falo da educação em Moçambique? Também, mas muito das irritações deste Ma-Schamblog, como disse o Mar Salgado.
A seguir a esta verborreia vou passar uns dias a meter fotos, claro está.

publicado às 00:11

Crescimento e Educação II

por jpt, em 15.12.04
Concluindo o texto ontem encetado, relativo à utilização que João Miranda fez do caso moçambicano para afirmar dissociação entre educação e enriquecimento nacional.

JM baseia o seu raciocínio numa consideração. Moçambique tem uma baixa taxa de escolaridade. Portanto pressupõe uma não aposta na educação. Relaciona isto com o facto de que Moçambique ter um elevado crescimento económico (10%). E assume o corolário lógico, que logo generaliza ("globaliza"?), a educação não é anterior ao crescimento económico.

Não vou aqui discutir essa tese. Mas o caso empírico que serve, indutivamente, para provar a afirmação de JM.

1. Moçambique tem uma baixa taxa de escolaridade, mas isso não implica uma não-aposta. Recorro, sumariamente, à história. À época da independência a população escolarizada era mínima. Sei que dizer isso para leitores portugueses é estar a chamar o coro dos "eu tinha colegas negros no liceu". Honestamente não vale a pena discutir com esses, ainda hoje vêm o mundo do tamanho do seu quintal de então (onde, dizem, tratavam bem os empregados) e da sua sala de aula. E 30 ou 40 anos depois ainda não cresceram.

Com os que vale a pena argumentar poder-se-á resumir: o ensino (tal como a sociedade) era muito racializado; a população negra que ascendia ao ensino secundário era da camada "assimilada" (pouco mais de 1% da população) e mesmo nesta nem todos o conseguiam. Esta chegada ao ensino secundário foi tardia, na sua maioria nos anos 60. As causas desta barreira racial não são estranhas: a criação de uma camada negra formada era vista como inútil (racismo explícito), perigosa (criação de mentes independentistas ou rebeldes), contraproducente (criação de uma concorrência no mercado de trabalho face aos portugueses - aliás houve uma política de branquização dos serviços no LM de finais de XIX, em prejuízo de uma pequenissima camada "crioula" então existente) e desnecessária (não esquecer que a própria população portuguesa era muito pouco escolarizada: "o vinho é que induca").

O ensino avançado restringia-se a essa pequena parcela de filhos de "assimilados", do qual uma ínfima parte ascendeu à universidade. Havia ainda um ensino proporcionado em especial pela Igreja Católica, que tendo dimensão quantitativa (muito propalado no mito colonial, e ainda hoje) se restringia, na sua maioria, a uma espécie de 3ª classe muito rudimentar. Refiro ainda outras missões cristãs, de difícil relacionamento com o Estado de então, e com políticas mais extensivas de ensino.

Na independência escasseiam os quadros. Retiram-se (por vontade própria e muito por indução) os portugueses.

Daí em diante houve um esforço na criação de um sistema educativo. Até com uma crença, que hoje parecerá estranha, nas capacidades endógenas, cria-se no final do subdesenvolvimento em vinte anos. Um típico voluntarismo revolucionário.

Depois a guerra civil. Múltiplas causas. E um dos efeitos será o da destruição do sistema educativo entretanto criado. Pela guerra, pela deslocação de populações. Mas também pelo facto de que o professor rural, tal como o enfermeiro, era o símbolo do Estado, o funcionário do Estado no mundo rural. Donde o primeiro alvo.

Após a paz de 1992 retoma-se a construção de um sistema de educação generalizado. Julgo que cerca de 1997 a cobertura estava já ao nível de 1983, quando os efeitos da guerra começaram a implicar a sua retracção. Tem continuado a crescer, ainda que com enormes lacunas. Na segunda metade de 90 criaram-se 7 Institutos do Magistério Primário, procurando aumentar número e qualificações dos professores. Alarga-se a formação de professores do ensino secundário ao centro e norte. Etc, etc.

Também o ensino superior foi crescendo em número, sendo descentralizado. Crescem as universidades privadas, que contam com apoios indirectos do Estado. Em suma, há uma verdadeira aposta na educação. Digo-o consciente do gigantesco deficit que o sistema de educação moçambicano tem. Mas esse deficit não pode ser considerado uma não-aposta. Deve é ser considerada uma aposta realizada a partir de condições muito frágeis, muito incipientes. E num país com muito poucos recursos, e muito dependente nesta matéria da ajuda externa. E nessa condição ser uma política passível de críticas. Mas isso são contas de outro rosário, não aqui, não meu.

Ou seja, a base do raciocínio de JM, a não aposta na educação porque há baixa taxa de escolaridade é totalmente falsa.

E atenção, seguindo-lhe a metodologia de raciocínio. Se um exemplo de JM serve para provar a sua tese, será que afirmar-lhe a inexactidão empírica é suficiente para a infirmar?

2. A economia cresce 10%, é fantástico. Mas as estatísticas são muito falíveis, os sistemas de recolha de informação são muito frágeis, como em grande parte da África subsahariana. É voz corrente, ainda, que as estatísticas moçambicanas foram durante anos a fio subavaliadas, no sentido de garantirem posições privilegiadas na recepção de ajuda internacional. Mais, aquilo que é economia "formal" e "informal" e suas interrelações é muito fluído, no ano-a-ano. Portanto é possível relativizar o tal crescimento. [E isto não nos poderá surpreender, sabendo o local estratégico que o INE português constitui].

Mas mais importante, este crescimento económico assenta em alguns, e muito poucos projectos. A instalação de uma fábrica de alumínio em Maputo, a Mozal, implicou um crescimento macroecómico na ordem daquilo que JM fala, e o seu desenvolvimento continua a influenciar os agregados macroeconómicos. O reestabelecimento da produção de Cahora-Bassa (aliás associado ao funcionalmento da Mozal) inflaccionou estes números. Há, aceite-se, uma lenta melhoria económica do país (notícia de agora, a produção de açúcar a níveis do tempo colonial). Mas os números não são assim tão mágicos, reflectem o impacto de poucas unidades de capital estrangeiro (e exportável, atenção) numa economia praticamente desindustrializada. Não estou a criticar o modelo, estou a constatar.

Ou seja, falar de um grande crescimento económico deverá acompanhar duas questões. Sobre a natureza dos números, o seu efectivo fundamento. E, acima de tudo, sobre o seu impacto social. Quando falo de "social" não estou a falar de redistribuição, pobrezinhos e etc. Estou a falar do seu impacto na sociedade, e nas suas modalidades de reprodução.

Ou seja, o segundo termo da equação de JM é muito discutível [eu não sou economista, não posso mergulhar nesta contra-argumentação com tanto arreganho como no ponto anterior]. Se um exemplo de JM serve para provar a sua tese, então afirmar-lhe um exemplo discutível servirá para lhe provar o contrário?

3. A articulação entre educação e crescimento tem aqui um exemplo interessante. Já aqui falei da Mozal, fábrica de alumínio de aparência sul-africana, bandeira australiana, capital da Mitsubishi, mas verdadeira sede alemã. O seu impacto na economia (os tais números) do país foi gigantesco. É uma unidade fabril moderna, ao que parece de ponta - um colega meu, o excelente Paulo Granjo do ICS está a trabalhar sobre ela, e muito mais poderia dizer do que eu. Mas aqui o que será interessante é notar que para uma fábrica de ponta, com processos tecnológicos e organizativos radicalmente novos no país (e salários elevados para este mercado) foram recrutados operários com ensino secundário e licenciaturas - eu próprio tive um aluno de ciências jurídicas que lá é operário. Porque essa escolarização era preferencial para a selecção de futuros operários a trabalharem com metodologias inovadoras no país.
4. Entenda-se, esta minha argumentação, que espero não parecer panegírica, porque não tem essa intenção, não invalida a tese de JM. Nem a discute. Nos comentários ao meu texto o Luís Aguiar-Conraria tece considerações sobre cuidados prévios à utilização do método comparativo. Concordo no global.

É que acima de tudo interessa-me aqui ver como se afirmam verdades gerais assentes em extrapolações sobre casos individuais nada compreendidos. Isto não é um erro inibitório. Se assim fosse não poderíamos falar de algo sobre o qual não fossemos bastante conhecedores (para evitar o extremismo "especialista"). Mas o vigor deste tipo, constante, de extrapolações é uma falência do raciocínio, em última análise matriz dos dogmatismos que o Lutz ali adivinha. No fundo os mesmos processos dos velhos marxistas ortodoxos. Nem mais.

O interesse do real é ser tão complexo. Não cabe num post. Em especial quando o queremos assertivo.

(isto está um bocado mal mastigado, mas hoje terá que ficar assim, que é de madrugada já)

publicado às 00:02

Crescimento e Educação

por jpt, em 13.12.04
João Miranda acaba de colocar um texto no Blasfémias utilizando Moçambique como exemplo de uma tese.

1. Há alguns dias que tenho grandes dificuldades em comentar no sistema blogspot, recebo negativas mal-criadas deste teor: "Open proxy detected. Comment posting disabled. If you think you have received this message in error, please contact the webmaster." Como o Blasfémias tem um ritmo trepidante de colocações julgo que quando conseguir meter algo por lá o texto em causa já estará no limbo do pé de ecrã. Daí que o aborde aqui. Reza assim:

"Moçambique tem das mais baixas taxas de escolaridade do mundo.

Moçambique tem das mais altas taxas de crescimento económico do mundo (na casa dos 10% ao longo dos últimos anos).

Conclusão: os países não ficam ricos porque apostam na educação. Os países apostam na educação quando ficam ricos."

2. Para mim JM é um caso complicado na blogosfera portuguesa. Lendo-o há meses, desde os tempos do seu blog individual, confesso que ainda não o percebi. Bloguista talentoso é-o, verve e acutilância, síntese e provocação. Mas é a sério ou é a brincar? A sociobiologia light, os simplismos sobre o liberalismo, as analogias históricas, tudo isto é assim mesmo ou são só carolos para "abrir cabeças", pedradas na pasmaceira? Confesso-me confuso, medíocre intérprete. Mas custa-me crer num projecto a tão longo prazo de ironia grosseira [leia-se "grossa"] de aparência intelectual (até porque me parece pouco eficaz quanto a "abrir cabeças"). Cada vez mais me convenço em que tudo aquilo é a sério. Se calhar este meu pendor para uma versão "séria" está influenciada pelo actual (e sério) relativo mal-estar de alguns membros do Blasfémias, o qual espero seja em breve ultrapassado. Que aquele postar contínuo já faz parte da blogoespreitadela quotidiana.

3. Isto não é uma questão pessoal, eu leio JM porque gosto de o ler. Se não gostasse ia à minha vida, lia outras coisas, não se justificaria andar para aqui a escrever sobre tudo isto.

Mas tem a ver com o que acho disto tudo, do bloguismo. Há bloguistas que se levam a sério, alguns exageradamente a sério. Outros surgem ligeiros, outros irónicos e, o supra-sumo, auto-irónicos. Há ainda outros insuportavelmente ligeiros.

Cá em casa mora um que tem dias de insuportável auto-convencimento, preocupado com os males do mundo (mais do seu país) e convicto de que a sua palavra vale de algo, heurístico curandeiro. Soberba diria, se católico. Mera estupidez diz, quando mais bem-dormido. Mas entendendo eu um blog como um diário também lhe aceito as variações do humor, e que cada um tem o direito de se achar importante ou desimportante, útil ou inútil, clarividente ou tralalá. E de mudar de ideias ao longo do(s) dia(s).

4. Regresso a JM, porque ilustre blogard. E ao seu post de hoje. Da síntese sobre Moçambique retira uma tese (oops, dialéctica, os alemães, os alemães...): o investimento na educação é exógeno ao crescimento económico.

Ora veja-se, a síntese não vale um caracol. É errada nos seus termos. Absolutos. E relativos (não, não é o temido relativismo, é contextualização, história - e atenção, contextualizar com a história não é historicismo).

[Agora vou à clínica com a miúda, lá para a madrugada continuarei]
[Lamento, fica para logo de manhã]

publicado às 18:06

Ensino actual

por jpt, em 23.08.04

Ensino Superior. No Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique uma interessante palestra de Teresa Rios sobre Pedagogia, ela uma professora brasileira doutorada em Filosofia da Educação, do departamento de Teologia da PUC. E uma bela saída:

"costumo ouvir muitos professores a lamentarem-se que já não há alunos como antes, mas a quererem continuar a ser professores tal como se era antes".

publicado às 19:04


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