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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Há algumas semanas quando Eduardo White morreu escrevi um texto sobre ele (que se calhar deveria ter escrito quando ele em vida), sobre a aventura que foi a edição de um livro por ele organizado "Rostos da Língua. Breve Antologia de Autores de Língua Portuguesa".
Escrevi-o com os meus livros já empacotados, encerrados num contentor, tal como o meu computador imóvel, ali esperando uma travessia transoceânica. Ou seja, as imagens e fotos que vim digitalizando. Portanto procurei na internet uma imagem da capa do livro, para encimar o texto, e não a encontrei: o que demonstra bem o menosprezo (para não dizer pior) do Instituto Camões por uma edição sua (ainda que a chancela fosse, então, tripla). Nem lhe digitalizou a capa, nem o terá distribuído de forma a alguém o fazer - e nem vou recordar as microdicências que a este propósito ouvi dos então responsáveis daquela instituição. Adiante, descobri agora a imagem da capa do "Rostos de Língua" num álbum que fiz para o facebook, "livros relacionados com Moçambique", uma coisa mais ou menos insana, maníaca, onde vou juntando centenas de capas de livros que fui lendo ao longo dos anos.
Capa para o qual o Eduardo exigiu a presença da pintura do Naguib. Está aí, com o cordão envolvente lacrado, coisa que deu bom trabalho.. Lá dentro páginas A4, soltas, com poemas e excertos de prosa, para serem lidos, distribuídos, trocados, mastigados.