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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Leio a correr umas coisas no jornal Público sobre alguns acontecimentos na Gulbenkian, mais sobre as malevolências coloniais da mentalidade dominante na Gulbenkian e noutras instâncias culturais privadas portuguesas e mais sobre a censura ao livro do Kannemeyer e mais sobre não sei bem o quê que afastou quem lá deve estar ou o que lá deve estar ou qualquer outra coisa que não percebo lá bem o que é ... só que alguém anda chateado com alguém e que há nisso sempre grupos de apoiantes.
E lembro-me de há cerca de uma década quando andei a apagar fogos lá em Maputo, a convencer os justificadamente irados amigos, tratados como se lixo fossem, a não romperem com aquilo que agora guincha em Lisboa ser muito moderno e progressista. E também me lembro de nojo que me transmitiram quando um muito importante pacóvio português por lá passou a inaugurar uma grande exposição, a vomitar desprezo em formato "vocês precisam de um branco para montar as coisas". E lembro-me bem de como tentei explicar o que se passava: "tens que compreender o que é um paneleiro de lisboa", os ademanes e nojices que expele o referido "género". Vá lá, compreenderam e lá - por interesse mútuo - se fizeram as coisas "lusófonas" que os "modernos" e "progressistas" de Lisboa queriam fazer.
São estes "bem-pensantes" que agora dançam can-cans, canibalizando os Kannemeyers para usarem nos seus interesses privados, e gritando "colonos" aos outros. A gente envelhece e ri-se. As décadas passam e a m... lisboeta é a mesma.