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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Estou com a minha filha, também ela saudosa - mas irá esquecer quase tudo, coisa da idade. Passeamos em Lisboa. De súbito isto. Paramos e olhamos. "Vamos entrar?" desafio, "vamos" responde, afoita. Nada mais do que uma mercearia grande, coisa de há décadas nesta era de xópingues. Ficamos à porta, olhando o armazém. Avança a dona, macaísta como se dizia, simpática, num convite a que entrássemos. Desculpo-me num lucky strike azul o que aqui fumo e vou dizendo que viemos ao nome ... Sorri, pergunta-nos o óbvio "se somos de lá", e depois "se a menina conhece o Bilene", esse que ela não vê desde 1975, e um breve etc ...
Souberam-me bem os cigarros dali. "Que faço eu aqui", repetirei depois, como se rimbaudiano, ...