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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Muitos continuam a perorar sobre a islamofobia da "CH", dizendo a revista monopolizada pelo anti-islamismo, uma xenofobia explícita. Boaventura Sousa Santos replica hoje a lenga-lenga: " o Charlie Hebdo não reconhecia limites para insultar os muçulmanos, mesmo que muitos dos cartoons fossem propaganda racista e alimentassem a onda islamofóbica e anti-imigrante". É certo que há quase uma década a revista era alvo de ataques e ameaças dos radicais políticos islâmicos e isso poderá ter provocado nos seus autores uma reacção altaneira, um crescendo de atenção/reacção provocatória - nenhum dos agora acusadores, esse amplexo cristo-multiculturalista (um verdadeiro "Compromisso Histórico"), fala disso, reduzindo tudo à tal imputação de xenofobia. Esta linha de análise não é uma mera desatenção sobre o contexto de produção de revista, é uma verdadeira desonestidade intelectual
Entretanto deixo algo de 2014, apropriado ao Natal, que a "CH" publicou. Para mostrar o quanto a produção satírica da revista era monopolizada pela sanha anti-islâmica, pela xenofobia radical anti-"outros", pela arrogância hipócrita dos "valores ocidentais".