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Ciclo eleitoral

por jpt, em 16.04.15

partido conservador.jpg

 

 

Vêm aí eleições em Portugal. Presidenciais, das quais já se fala muito, mas também (e sobretudo) legislativas. Emigrante torna-viagem e recenseado aqui na vizinhança poderei votar, algo que não faço desde o século XX. As dúvidas não são muitas. Depois de algumas décadas de colonização do estado por feixes plutocráticos, o gasganete apertou-se. E o "affaire syriza" mostra bem o quão impotentes são os populismos d'agora (por enquanto, pelo menos). O problema não estará bem no ajuizar do passado recente (triste, gasto). Mas muito mais no "Que fazer?" (qual Lenine), o que fazer daqui em diante. Os consulados cavaquista e guterro-socrático bolinaram face ao desenvolvimento do país. Depois, na atrapalhação, foi cortar cerce na gente que trabalha (aqueles que pagam impostos) e nos reformados - nos rendimentos do trabalho, que é como se pode dizer. Agora convém mudar, continuar com o gasganete apertado mas prejudicar outras vértebras.

 

Pois é esse o modelo civilizacional europeu, a promoção da equidade, de uma redistribuição que não deixe a sociedade hierática (não, o "modelo civilizacional" não são as "questões de costumes" como dizia o pobre Manuel Alegre, o vácuo que a esquerda portuguesa andou a desfraldar no socratismo). Então para que a gente se lembre do que se trata quando contra a plutocracia estatófaga (que raio de termo) deixo um cartaz, do Partido Conservador britânico para as eleições de 1929, fazendo valer os trabalhos do seu governo, sob o resiliente Stanley Baldwin - não, não é um projecto socialista.

 

Salvaguardadas as diferenças conjunturais, a Europa, para além de uns livros, uns museus (e cafés, disse Steiner), e uns cineastas emigrados para os EUA, não é nada mais do que isto. (Re)Faça-se.

 

publicado às 18:59


8 comentários

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De umBhalane a 17.04.2015 às 10:07

Já lho tinha escrito, há uns tempos, que a "aterragem" seria traumatizante.

O pior é que um "gajo" nunca se acostuma - alguns, só alguns muito poucos.
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De jpt a 17.04.2015 às 14:13

Difícil a tal "aterragem". No meu caso terei que dizer mesmo um verdadeiro espalhanço. A ver se me acostumarei.
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De J. Bastos a 17.04.2015 às 11:37

Por que não escreve em português? Para que o comum dos mortais entenda o que quer dizer.
E o que é o meu IP, a tal coisa que o senhor grava?
Obrigado.
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De jpt a 17.04.2015 às 14:16

Eu escrevo em português, aquele que me é possível. E quem faz o que pode a mais não é obrigado.


O tal do IP é o endereço informático de cada computador (pode mudá-lo quando quiser, acho eu, que não sou especialista da coisa). Não sou eu que o gravo, já agora, nem sei o que faria com tal informação. É gravado pelo sistema de moderação dos comentários do blog, que aqui está para evitar a entrada de comentários "spam" que em tempos inundaram o blog.
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De J. Bastos a 17.04.2015 às 17:59

Muito obrigado.
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De jpt a 18.04.2015 às 00:39

Não tem de quê, obrigado pelo comentário
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De ines a 17.04.2015 às 21:46

Ah, mas são uns livros, museus e cafés muito bons!
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De jpt a 18.04.2015 às 00:39

e uns cineastas .... tudo excelente, o tal "modelo civilizacional".

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