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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
(Trabalho de Filipe Alarcão)
Os Mler-ife foram o melhor grupo português da minha geração - de longe. A voarem com o motor do Nuno Rebelo (que já cá veio trabalhar e que, infelizmente, nunca mais voltou). Apanhei-os na estreia, naquelas sessões dos "lendários" concertos das tardes de sábado do Rock Rendez-Vous. E fui ficando adepto, vendo-os e ouvindo-os, e nisso também contando com (grandes) amizades intermediárias. Entre outras vezes ficou-me na memória aquela auto-produção na Aula Magna, ao tempo uma sala de referência, um verdadeiro arrojo de putos, convictos. E uma festa para admiradores e amigos.
Assusta, porque passaram 30 anos, já. Ontem tocaram em Lisboa, reagrupados para assinalar isso. Estão assim, como mostra o filme (no remanso da sessão televisiva). Quem me dera estar lá - não viver lá, infrequentável pátria amada. Mas estar lá, para o espectáculo. Invejoso percorro o fb à procura de quem me diga "estive lá", bastaria isso.
Ninguém. Tanta tralha partilhada, tanto indignismo, tanto animal por adoptar, tanto nada. E nem um a dizer, a gabar-se ... 30 anos é muito tempo ... (alguém foi? como foi?).
Fica o "velho Mler Ife Dada" ... mesmo que nestes tempos de imagens estas pobres produções youtubáveis não sejam tão visualmente enleantes