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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Chega-me este filme, uma reunião de estudantes académicos portugueses de 2011. Onde estudantes universitários reclamam o direito a sofrerem humilhações. E por isso recebem salvas de aplausos.
Fico pasmado. Não representam a maioria, dirão muitos. Mas representam, com toda a certeza, alguma minoria. Que aplaude. Todas as gerações olham para as seguintes com algum desagrado, não só inveja mas também incompreensão. As quais se misturam, se produzem. Mas chegar a este tipo de gente quase ultrapassa a possibilidade de comunicação, o hiato é gigantesco. Gerações passaram no país, e em tantos outros ainda, a lutarem contra isso de se ser humilhado. Agora estes, meninos ...
Haverá aqueles que, mais dados ao "patois" das ciências sociais, exigirão contextualização, criticarão as modalidades de ensino, a desestruturação familiar, a quebra da igreja, o estatuto corporativo dos sindicatos, as malevolências das televisões, a pornografia e a internet por si sós, até as rações das indústrias alimentares e pesticidas variados. Deixemo-nos de coisas, de falsas "contextualizações sociológicas": gerações muito pior (in)formadas não fizeram brotar porta-vozes destes. Ou, pelo menos, não os aplaudiram.
Ou então é a velha questão, de onde saem os totalitarismos, o apreço por estes? Mas nem isso será. É apenas a mera irreflexão, o "boçalismo a céu aberto", a preguiça mental, window shopping de sentimentos e vontades ...
O que abaixo se vê é inenarrável. In-blogável, nem consigo botar mais faladura.
Aos patrícios, das gerações mais velhas, só posso dizer isto: emigrem. Deixem isso para esta gente. Safem-se.