Valentine's Day/ Dia dos Namorados, uma outra exportação ianque que vai fazendo o seu caminho com manifestações mais ou menos pirosas um pouco por todo o lado. A par com a Coca-Cola, com a porcaria do Halloween/ Dia das Bruxas e da praga que são os bonés de baseball (sobretudo quando a malta leva a cabeça virada ao contrário...), eis uma oportunidade comercial a que ninguém passa impune. Ele é um presente em forma de coração, um postalinho a celebrar a data, uma caixa de chocolates para engordar a parceira ou um jantar à luz de velas para emagrecer a carteira, ele é o caraças para a malta desenbolsar algum graveto. Já elas, dizem que não ligam à data, mas livre-se um gajo de não assinalar nem que seja com 3 ou 4 palavrões a coisa. Apesar de tudo é uma fórmula da atenção...
Enfim, serve o dia para lembrar o Amor, o fogo que arde sem se ver, segundo o bardo zarolho LV de C, e isso não é necessariamente mau.
Façam como entenderem, mas ouçam este que é considerado o segundo grande quinteto de Miles Davis (1964/1968) com o ainda puto Herbie Hancock no piano, Ron Carter no contrabaixo, Tony Williams na bateria, Wayne Shorter no sax e, naturalmente, Miles no trompete, todos vestidinhos a rigor numa passagem por Milão e fazendo uma versão fora-do-vulgar de "My Funny Valentine", uma composição da responsabilidade da dupla Richard Rodgers/ Lorenz Hart, para o musical da Broadway "Babes in Arms".