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Aos 4 de Julho de 1776 foi aprovada a "Declaração da Independência" dos Estados Unidos da América, tratados vulgar e singelamente por América. O documento foi desenhado durante o mês de Junho desse ano por Thomas Jefferson e é considerado o maior símbolo da liberdade do país. Simplificando: a coisa é um resumo do que se entende ser a liberdade individual, baseando-se nalgumas noções previamente enunciadas por John Locke e outros filósofos.

De qualquer modo a liberdade e a democracia comportam alguns riscos, senão atentemos nas vinte tentativas de assassinato de vários dos presidentes norte-americanos que começaram em 1835 por um pintor de construção civil, o senhor Richard Lawrence que no exterior do Capitólio apontou duas pistolas a Andrew Jackson. As armas não dispararam como o homem esperava, o presidente safou-se e o bom Richard foi internado por se ter entendido que não estava bom da cabeça. Dessas vinte tentativas e muitas outras ameaças, podemos encontrar quatro que tiveram assinalável êxito.

 

 

O primeiro grande sucesso foi obtido a 14 de Abril de 1865 e teve como destinatário Abraham Lincoln que estava tranquilamente a assistir com sua mulher à peça "Our American Cousin" num camarote do Teatro Ford em Washington quando John Wilkes Booth, actor e simpatizante da causa confederada, sacou da minúscula mas letal Derringer e lhe enfiou uma bala na nuca.

A próxima vítima foi o vigésimo ocupante do cargo, James A. Garfield, que viu a sua vida interrompida à conta de irremediáveis infecções causadas por dois balázios disparados a 2 de Julho de 1881, um Sábado, pelo revólver Webley British Bukdog empunhado pelo senhor Charles C. Guiteau. A coisa arrastou-se e o presidente demorou 11 semanas a cumprir o proposto pelo atirador, esticando o pernil lá para Setembro. Mais rápida e eficaz foi, todavia, a corda que enforcou o autor da façanha depois de um tribunal o ter condenado ao mesmo destino a que votou Garfield, numa prática que vem caindo em desuso nos E.U. da A. O próximo presidente na lista daqueles que precocemente e, presumo, que contra a sua vontade foram afastados do cargo e da sua própria existência, dava pelo nome de William McKinley. O anarquista Leon Czolgosz espetou-lhe um tiro no abdómen e mandou-o daquela para melhor. O anarca levou tanta porrada pelo feito que se temeu que não chegasse vivo ao tribunal. Felizmente não foi assim e a justiça dos homens sentou-o numa cadeira eléctrica para cumprir a sentença ditada por um tribunal federal com eficácia. Last but not the least, a mais conhecida interrupção vital deu-se em Dallas quando John Fitzgerald Kennedy foi irremediavelmente abatido em circunstâncias que ainda hoje encerram algumas teorias da conspiração, tendo sido considerado culpado Lee Oswald, por sua vez assassinado nas barbas da polícia na cave da esquadra para onde tinha sido levado. O justiceiro, ou talvez não, foi Jack Ruby, um empresário da noite, que disse ter ficado desnorteado com o assassinato do presidente. Deu-se o nefasto acontecimento em 1963 e foi o último com desenlace fatal desta série mortal até hoje, sendo que em 1981 Ronald Reagan escapou por um fio à morte anunciada com um pulmão perfurado por um projéctil enviado por John Hincley, Jr. Não era a sua hora.

 

God Bless America

 

mvf

publicado às 20:24
modificado por jpt a 8/11/15 às 18:16


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