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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Lembrando o grande Adriano Correia de Oliveira deixei mais aqui. Repito este "O Senhor Morgado", que é canção que adoro desde os tempos do LP paternal.
Leio que esta semana passaram 30 anos (!) desde a morte de Adriano Correia de Oliveira. Um cantor sumptuoso. Morreu cedo demais, com muita coisa para gravar, com toda a certeza. Do que ficou muito está marcado pelo som da época, em termos de soluções de produção (e até de registo tecnológico) e isso, se calhar, afasta as novas gerações. Que assim se arriscam a perder um fabuloso cantor. E a sua enorme versatilidade.
Deixo algumas. À frente a minha preferida, desde pequeno: "O Senhor Morgado"
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Escola Portuguesa de Moçambique - Centro de Ensino de Língua Portuguesa, 1 de Setembro de 2011, dia de abertura do ano lectivo português. O cartaz mapeia a escola indicando os locais para a receção (leia-se "recessão", a temida nuvem no horizonte da economia portuguesa) dos alunos dos vários ciclos.
Exactamente ao lado painéis anunciam o horário para os encontros com os directores de turma (DTs), actividade obviamente inserida na recepção [leia-se "recéção" ou mesmo "recé(p)ção)] dos alunos neste primeiro dia do ano lectivo.
Ainda há esperança. Pois ela sempre se mantém enquanto há alguém que tem a coragem de dizer não. Como escreveu Manuel Alegre (sim, o da voz cava) e cantou Amália e o grande Adriano Correia de Oliveira.
Mesmo na noite mais triste em tempo de servidão há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não.
A minha homenagem aos professores que têm a coragem - ainda para mais nestes tempos de Estado persecutório e de profundo desemprego - de o ser, que "dizem não", que resistem.
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