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Alberto de Lacerda

por jpt, em 01.09.07

Estava eu ali, na "A Minha Ilha", "Ilha onde os cães não ladram e onde as crianças brincam/No meio da rua como peregrinos/Dum mundo mais aberto e cristalino", ainda que vendo-a diferente e sem minha ser, mesmo que na "Ponta da Ilha" sinta como no hoje o sei sentir isso dos "Ó corpos dados com melodia / As melodias do meu ardor!/ Ó pretas lindas! Ponta da Ilha! / Vestem soberbos panos de cor. / Deles se despem com grã doçura, / Vénus despida do próprio mar. / É com doçura que negras, lindas, / Desaparecem no meu calor." quando se foi, sei-o agora, quem deixou estas palavras do seu tempo sobre o que lhe foi berco e a alguns vai sendo refugio


L’ Isle Joyeuse


Ó festa de luz de mar tranquilo

De casas brancas dum branco rosa

Dum tempo antigo que aqui ficou

Ó ilha pura incandescente

Que me geraste três vezes mãe

Três vezes para mim sagrada

Por teres deuses tão variados

Por seres livre da liberdade

Que os deuses gregos orientais

Marcaram a fogo um fogo alegre

Naqueles seres naquelas ilhas

Que eles nomeiam seus próprios filhos

Por motivos sobrenaturais


(Poemas retirados deNelson Saúte & António Sopa (coords.), A Ilha de Moçambique pela Voz dos Poetas, Edições 70, 1992)

publicado às 10:18


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