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Há algum tempo, num texto para apresentação do último livro de Aurélio Furdela, explicitei a minha atenção sobre "Nghamula", o último romance de Aldino Muianga, dizendo-o  um verdadeiro marco [na literatura moçambicana], pelo tom radical e devastador desse discurso sobre o processo nacional, num explícito inusitado

 

Soube agora que o Francisco Noa já escrevera um texto sobre o livro. Noa é, para quem não saiba, figura central nos estudos literários (ou, se se também quiser, nos estudos culturais) em Moçambique. Como de quando em vez até lê este ma-schamba decidiu ofertar esse seu texto, anteriormente publicado no jornal "Notícias", para que o partilhemos. 

 

Deixo uma pequena nota, qual pormenor, prévio. Noa não se refere ao assunto mas coloco-o eu: que tipo de edição é esta que para capa de um livro sobre um "homem do tchova" coloca uma ilustração destas? O tchova empurra-se, não se puxa. Até metaforicamente se torna erróneo mas nem é essa a questão: mostra mesmo um desinteressado desinteresse por parte do editor.

 

Aqui fica o texto de Francisco Noa:

 


Nghamula, o homem do tchova, ou o declínio de uma nação

Francisco Noa

 

Porque já não se trata apenas deste problema com o serviço das águas e dos esgotos, percebem. É a sociedade toda que tem de ser limpa, desinfectada...

         Dr Stockmann em Um Inimigo do Povo de Henrik Ibsen

 

Qual a fiabilidade de uma obra de ficção na interpelação que ela faz a uma determinada realidade? Onde começam e terminam os limites de razoabilidade do que ela nos propõe? Através do percurso de uma personagem pode um povo, ou uma nação inteira ver-se aí retratada? Estas, entre várias, são algumas das questões que me assaltaram, durante a leitura de Nghamula, O homem do tchova (ou o Eclipse de um Cidadão), o último romance de Aldino Muianga.

 

E o facto de essas mesmas questões terem como denominador comum a relação entre a literatura e a realidade é, no mínimo, revelador. Não se trata de uma ideia pré-concebida ou de uma predisposição minha nesse sentido, como leitor, mas sim efeito da forma como esta obra está construída, com uma forte intencionalidade realista traduzida na referência a lugares do mundo real (Massinga, Estrada Nacional Número Um, Maxixe, Manhiça, Matola, Hospital e Bairro Militar), a factos (guerra civil, cheias de 2000, conflitos sociais e conjugais), linguagens (dos militares, dos vendedores de rua, dos mutilados), objectos (tchova, armas, viaturas, bancas de mercado), comportamentos, etc.

 

Será, porém, não apenas neste conjunto de referências, mas sim no modo como são narrados os acontecimentos e descritos os fenómenos e as personagens, onde o pendor realista deste livro atinge contornos verdadeiramente inquitetantes. Não tenho por hábito apegar-me às interpretações e comentários feitos pelos autores às suas próprias obras. Contudo, numa recente conversa com o autor deste livro, normalmente uma figura discretíssima, ponderada e de uma humildade exemplar, características que curiosamente acaba por, de certo modo, transferir para a sua escrita, comentei o facto de esta sua última obra ser profunda e surpreendentemente corrosiva e pessimista. Ao que ele me respondeu, mais ou menos com as seguintes palavras: "Não dá mais para segurar a indignação, nem ficar indiferente ao que está aqui a acontecer".

 

E julgo que esse deve ter sido o dilema do Aldino, essa articulação que se pretende harmoniosa entre ficção e mundo real, afinal um falso dilema, visto que ela  acaba, de facto, por se instituir como a grande vocação dos escritores e dos artistas africanos, em geral, e que, no âmago do seu processo criativo, não se aconseguem alhear da realidade de onde provêm e que os envolve, os questiona, os fascina ou simplesmente indigna. E julgo que a “Introdução”, excerto de um texto do brasileiro Ruy Barbosa, bem como a “Nota do Autor” acabam por preparar o terreno para o leitor em relação ao desenvolvimento da história que vai ler.

 

Esta é, pois, uma narrativa fortemente dominada por uma personagem, Nghamula, cuja trajectória assemelha-se a dos heróis trágicos, no que ela representa de ascenção e queda, por um lado, e do destino, por outro, ao qual não se conseguiu fugir, como se uma força superior assim o tivesse determinado. A sequência de pungentes adversidades vividas por Nghamula obrigou-me a uma comparação, com todas as naturais distâncias obviamente, com Justine, protagonista do livro que eu terminara antes de ler, Os infortúnios da Virtude de Marquês de Sade.

 

E o romance de Aldino Muianga é inequivocamente um questionamento impenitente sobre os princípios e valores que devem embasar as relações e os comportamentos humanos, por um lado,  e os que devem mover a condução e a construção  de um país, por outro. Qual, afinal, o lugar para a virtude, a rectidão, a dignidade, a verticalidade, a lealdade, a solidariedade, a gratidão e o reconhecimento numa sociedade que, no concerto das nações, se quer elevar e fazer respeitar?

 

Nghamula segue uma curva elíptica que o conduz da humilde condição de um pequeno pastor que cuida das manadas paternas em Dingane, no interior de Inhambane, passando pela condição de verdadeiro herói e respeitado oficial do exército governamental embrenhado numa guerra fratricida e tenebrosa e acabando, novamente, na mesma condição humilde, só que desta feita, marginal e de abandono, tal como muitos outros na mesma situação que a sua:

 

"Aquela era uma multidão de degredados abandonada a a si própria. Dir-se-iam um hospício de seres desarticulados de qualquer comando, confinados nas suas deficiências físicas, sob dependência dos que os alojaram. [...] As mesadas tardavam a chegar, retidas nas burocracias da Direcção de Finanças. Os mutilados conheciam dias de fome. As feridas internas das deficiências reabriam. O sentimento de inutilidade dos seus esforços eram [sic] evidentes nos comportamentos. Pouco faltou para se levantarem em motins." (p. 74)

 

Daí que não lhe restando outra saída, e dado o seu espírito independente, Nghamula abandona o Centro de Mutilados e decide assegurar a sua sobrevivência vendendo produtos na varanda frontal de um loja, num bairro suburbano, ou empurrando penosamente o tchova, viatura de tracção humana.

 

Nghamula é, afinal, a metáfora implacável de uma nação em acelerada degradação que despudorada e ostensivamente remete para o esquecimento e para a ignomínia aqueles que dão o melhor de si para melhor a servirem.

 

A obra é profundamente atravessada pela dureza dos eventos e das situações vividas pelas personagens e por uma feroz descrença do narrador sobretudo em relação aos poderes instituídos e à podridão crescente da sociedade, o que o leva a escalpelizar, quase que de forma cirúrgica, as injustiças praticadas, os conflitos familiares e pessoais, os desvios comportamentais, as traições, os vícios, as incompreensões, o abandono e a miséria a que é votada toda uma população já de si vulnerável:

 

"Floriram lugares de pasto, de consumo de bebidas alcoólicas e, até, centros de diversão de reputações duvidosas. Homens e mulheres aí pululam ao encontro de sublimação para as tensões do quotidiano. Adolescentes desviam o caminho das escolas ao encontro das drogas, gravidezes, corpos de fetos embrulhados em folhas de plásticos decompõem-se nos montes de lixo. Cabeças humanas decepadas acham-se nos cruzamentos dos caminhos. É Gomorra transfigurada." (p. 76)

 

Para o narrador, tal como o Bairro Militar, a “Praça do Cinema 700  tornara-se a feira do caos e da desordem” (p. 81) e surge-nos, na obra, como uma imagem do país:

 

“O colorido de outrora desbotara-se. Os edifícios acusavam o rigor das intempéries. Sucessivas épocas de canícula e chuvas corroeram as pinturas e deixaram os rebocos a nú. Eram o espelho da negligência das autoridades municipais – não temos verba! – diziam. Marginais provenientes de outros mercados aqui acertam os seus negócios. Agentes da polícia e malfeitores confraternizam. Mulheres de má reputação e corpos cansados para aqui afluem e recrutam parceiros para a prostituição. Adolescentes, homens e mulheres contaminam-se alegremente. As dê-tê-ésses disseminam-se nos lares.” (p. 81).

 

Não poderia haver quadro mais eloquente de um país que parece ter perdido a capacidade de rebuscar na sua memória colectiva inspiração e referenciais para se manter em pé e olhar para o futuro com a dignidade e a clarividência que as gerações futuras, se forem capazes, irão cobrar.

 

Há no entanto, por outro lado, dois correctores que funcionam como sinais de esperança no meio do lamaçal humano e social representado em Nghamula. O primeiro tem a ver com o apelo recorrente ao sonho. Seria interessante e ilustrativo fazer-se um levantamento estatístico sobre a reiterada presença do sonho na narrativa. Apenas alguns exemplos: “Sonhou [Nghamula] sonhos impossíveis: achou-se a navegar num paquete luxuoso ao longo da Estrada Nacional Número Um...” (p. 13); “As imagens do sonho enovelavam-se, tingidas de cores esbatidas, crepusculares e indecifráveis. Vagava numa atmosfera de leveza, de um estado de tranquilidade voluptuosa, como o que se experimenta nos estados de agonia” (p. 17); “A aventura idílica com que alguns sonhavam o ingresso no exército deixava de o ser.” (p. 23); “Sentia que o seu mundo se esboroava, que o sustentáculo dos seus sonhos era movediço, falso e frágil” (pp. 52, 53).

 

O sonho aparece-nos, em Nghamula, como um espaço de respiração da imaginação, como um espaço de negação de uma realidade agreste, ameaçadora e insuportável. No essencial, é um espaço íntimo, muito pessoal, de uma liberdade ilimitada e compensatória. Mas o sonho cumpre também uma função poderosamente catártica, mesmo quando adquire uma dimensão alucinatória, como quando Nghamula, muito ferido e maltratado em combate, dá entrada no Hospital do Chongoene:

 

“Uma estranha e agradável exaustão apodera-se da mente. É uma sensação de quietude, um alívio que ameniza a dor, aquele estado de sonolência que augura um sono longo e profundo. Escorrega na rampa do delírio, num movimento suave que o conduz à tepidez das águas dos lagos de Dindane” (p. 60).

 

E um dos momentos de maior vibração narrativa e, paradoxalmente, mais agudos em termos de interpelação da realidade, mesmo que de forma alegórica, vamos encontrá-lo no longo e prodigioso sonho de Girafa, companheiro inseparável de Nghamula: “Um denso nevoeiro envolve os horizontes dos sonhos do Girafa. Naqueles, a princípio desfilam imagens difusas que se sobrepõem umas às outras, como se envolvidas num tumulto, em cenários de paisagens e de lugares que ele desconhece” (p. 98). Interessante o facto de ser através de um sonho e de uma personagem secundária onde encontramos um dos momentos mais significativos e mais arrebatedores do romance.

 

Num delírio intenso e pleno de intencionalidade crítica, reconhecem-se as mensagens subliminares que expõem as marcas de uma trajectória colectiva, sempre com recurso a uma ironia feroz e davastadora, que resgata registos discursivos e slogans que fizeram fortuna nos últimos 30 anos da história deste país e que são uma revisitação desassombrada, quando não burlesca, de todo um imaginário: “as estruturas já estão estruturadas e bem montadas”; “Participámos em workshops”; “Aqueles que tentarem travar a marcha da nossa revolução pagá-lo-ão com as suas próprias vidas”; “o plano estratégico de despovoamento humano”, “A ideia central na nossa política é desenvolver o sub-desenvolvimento, no campo e nas cidades”, “aliviar a nossa sociedade de marginais cheios de ideias subversivas”, “orientações emanadas do nosso último congresso”, “No parlamento não queremos dorminhocos, parasitas do esforço popular”, “vamos acabar como a fome”, “Grandes exemplos de empreendedorismo”, “O nosso país está cheio de verdadeiros empresários”, “Somos mandatados para acabar com o imobilismo e a corrupção”, “combate ao anti-cabritismo”, “Promovemos o fecalismo a céu fechado”, “parceria inteligente”, “acordo com a empresa chinesa Xiao Lin Tchova-Xitaduma Incorporated, sediada em Xanghai”, etc...

 

Além das representações oníricas, encontramos na forma como o narrador explora as relações humanas, sobretudo entre o mais desfavorecidos, onde são inúmeras as demonstrações de afecto, de solidariedade, de entreajuda, de companheirismo, como se na “Gomorra a pedir o incêndio da transformação” (p. 81), ainda subsistissem dimensões do que existe de mais nobre e genuíno na condição humana.

 

Este é, pois, o segundo corrector em relação ao ambiente céptico e amargo que envolve esta narrativa e que tem a ver com o grupo multifacetado dos companheiros do infortúnio, gravitando à volta de Nghamula. São personagens que irão certamente enriquecer sobremaneira a galeria de personagens inesquecíveis da literatura moçambicana. Refiro-me, neste caso, a Girafa, Mão de Vaca, Frank, o Drugman, mamã Nwa-Mawayela, mana Aidinha, Romão Chimbhutso, Jojo...

 

Na sua vivência simples, nas múltiplas peripécias em que elas se envolvem, mesmo que raiando algumas vezes a marginalidade, estas são personagens que parecem representar o que ainda sobrevive de profunda humanidade numa sociedade onde as marcas de degradação física e moral são manifestas. E Nghamula, apesar da sua solidão interior, apesar da sua mutilação física, apesar do desencanto que o empurra irremediavelmente para o álcool é, e nisso reconhecido por todos, o esteio e o resguardo moral em quem se inspiram e recorrem aqueles condenados da terra.

 

Entre outros, dois momentos são profundamente significativos de como a liga humana que une todas aquelas criaturas é um aceno de esperança que, obliquamente, a obra parece transmitir. O primeiro encontra-se representado na morte de Frank, o Drugman e nas cerimónias fúnebres que os amigos lhe prepararam:

 

“Uma onda de consternação abateu-se sobre o lugar. Frank era um ícone, o símbolo dos deserdados da sorte. Representava para muitos o que mais existia de modéstia e de camaradagem. [...] Nghamula tomou à sua responsabilidade, era o irmão mais velho, a direcção de todas as diligências para que o companheiro tivesse um funeral digno. Como sinal de luto, esse dia a banca não abriu. [...] O bairro em peso contribuiu para a aquisição da urna.” (p. 91)

 

O segundo momento, também ele provido de uma enorme carga emocional, surge-nos, quase no final, quando Nghamula tem um ataque epiléptico e é posteriormente despejado da dependência alugada a mamã Nwa Mawayela:

 

“Aquele foi o serão mais triste na casa de da mamã Nwa Mawayela. O círculo dos amigos de Nghamula, presidido por ele próprio, sentou-se à mesa, isto é, ao redor daquela espécie de mesa, e lançou dados para se interrogar e discutir que sentido fazia a sua vida, que se entretinha a pregar-lhes partidas, uma a seguir à outra, todas sem decôro, injustas, para deixá-los à mercê do nada, de si próprios.”

 

Estas são, pois, algumas possíveis linhas de leitura e que me foram suscitadas por este último romance de Aldino Muianga. Não posso deixar, para terminar, de ressaltar a preocupação do autor em documentar-se conscienciosamente em relação às múltiplas questões que a sua obra, demonstrando, uma vez mais, que a literatura é essa metáfora epistemológica, como ensina Umberto Eco, lugar, enfim, onde todos os saberes se encontram representados e disseminados. Pena que a deplorável revisão (?) linguística – são inaceitáveis os erros e as gralhas que povoam o texto - acabe por comprometer a qualidade da obra e a leitura de uma história que tem tanto de fascinante como de perturbador. Sobretudo pelos inevitáveis apelos que ela faz à nossa condição e à nossa consciência de cidadãos de uma nação, como diria José Craveirinha, ainda por existir. 

publicado às 18:18

Contravenção

Acabo de ler que Aldino Muianga ganhou o prémio José Craveirinha, o mais importante prémio literário em Moçambique, com este "Contravenção", livro que ali está empilhado nas bordas das estantes, ainda por ler - ok, resultado do prémio fica o livro como "tarefa" de fim-de-semana.

E fico muito contente. Gosto muito de Muianga - por coincidência total ainda ao jantar estive a invectivar o conviva (de quem sou tão mau amigo) para que organizasse uma colectânea de contos deste autor, para exportação, para urgente divulgação. Depois de Borges Coelho é o meu prosador moçambicano preferido (sei que estas hierarquias são estúpidas, mas enfim ... ainda para mais quando alguns dos escritores são gente amiga). Há páginas de Saúte e de Khosa, contos de Panguana e de Mia. Mas obra, continuada e contínua, um retratar de um mundo transformando-se que chega a ser construção de mundo, está em Muianga. Menos lido do que outros, nada exportado. Talvez pela extrema discrição do escritor. Talvez pelo universo tão ancorado que narra/constrói.

Está aí para ler. E divulgar.

jpt

publicado às 02:53

Reedição de Xitala Mati

por jpt, em 16.05.07

A segunda edição, vinte anos depois, de Xitala Mati, o livro inaugural de Aldino Muianga, que à época veio suceder aos seus textos de "Charrua", então como Khambira Khambiray. Dez pequenos contos a avisarem que estava aqui uma das mais interessantes vozes literarias mocambicanas, como se veio a comprovar. A ler, mesmo.Pessoa discreta talvez isso explique alguma menor atenção que se lhe tem dado. Uma colectânea, para uso externo e tradução, não seria isso uma boa ideia? Merecida ideia, isso é-o com toda a certeza.O livro, que já está à venda (165 meticais, acessível), é hoje apresentado. Uma edição da Associação de Escritores Moçambicanos (AEMO). Louve-se, o objecto apresenta-se bem, decente capa (fotografia de Ricardo Rangel), bom papel e razoável impressão (salvando as ilustrações de Victor Sousa). Pena a desatenta revisão, algumas gralhas, ainda que poucas, a surgirem numa reedição é coisa triste. Refiro estas qualidades dado o já nem tão recente hábito de se botarem péssimos objectos no mercado (vício no qual a Imprensa Universitária reina).

publicado às 07:08

Aldino Muianga

por jpt, em 01.03.04

Muianga é um nome não muito conhecido por cá. E nada exportado. Escrita serena, pausada, dizem-na condigna à personalidade do autor - que não conheço. Sem grandes riscos, também.

Pequenas histórias, muito realistas. Sem heroísmos ou sofrimentos de maíscula, ausentes as grandes causas ou cosmologias que tudo explicam. E vá-se o fatalismo, dá-nos essa pequena gente no seu andar, coisas da terra em dia-a-dia. Com dores, e muitas, claro está. Mas também com os sorrisos a perpassarem aquilo que nos diz. Moçambique.

Acabo agora, já atrasado, "O domador de burros". Que anda junto a "Magustana" e a "A noiva de Kebera". Livros onde o autor é mais Muianga. Para quem lê para conhecer e sentir um pouco vá até eles. Justificam muito mais do que a atenção que lhe tem sido dada no conjunto da literatura moçambicana.

Ah. Os especialistas que lhe façam a crítica à escrita. Mas garanto: é muito melhor do que as infaustas capas que sempre a recobrem. Que coisa!

publicado às 15:56


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