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Sudão.

por jpt, em 24.04.04

Roubo ao excelente Ecletico. E aproveito para chamar a atenção para o texto Mercenários (I, II, III) que a sua autora tem vindo a publicar.


No livro de pedra estudo a língua intemporal.

Entre duas mós esbracejo, no turbilhão da pedra,

já as duas dimensões até ao pescoço me sorveram,

minha coluna triturada no moínho da morte e da vida.


Que fazer, bordão de Isaías, da tua rectidão?

É mais fina que cabelo, a casca do grão sem tempo,

sem alto, nem baixo. No deserto o povo entre as pedras

reunia-se; real casula de esteira, refrescava-me, na canícula.


- Arseny Tarkovsky

publicado às 13:32


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