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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
(Sviatoslav) Richter, o grande russo, explica porque é que muitos (e bons) pianistas evitam Chopin como o vampiro a cruz e também porque outros, uns que se arriscam, são boa companhia nos elevadores ou nalguma esplanada.
Pode parecer estranho deixar uma valsa como homenagem póstuma. Seria mais adequado um requiem ou outra obra pesada e séria, talvez uma missa solene? Talvez, mas como a homenagem é a Vítor Damas, o Leão Voador, fica como segue, lembrando a graciosidade, a elegância, os gestos rápidos e precisos, com que Damas defendeu as balizas do Sporting e da Selecção Nacional. Faz hoje 10 anos que morreu. Não houve outro como ele.
Chopin é um tanto deixado de lado por muitos pianistas. O que compôs é sempre tão bonito e perfeito que a execução parece fácil. Depois, bem, depois, não é para todos e essa a maior das razões para o velho Frederico ser tantas vezes esquecido. O Tio Arturo, um dos maiores, mostra como se faz a coisa em Si. De notar a perfeita separação da esquerda e da direita, uma coisa nem sempre óbvia... Falava das mãos, claro. Ouçam-nas "da capo al fine" (hoje talvez se possa chamar a isso um "loop") as vezes que forem precisas.