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2014: sítio do ano

por jpt, em 30.12.14

elef.jpg

 Last days of ivory.

publicado às 21:31

Ainda

por jpt, em 18.11.13

 

há alguns rinocerontes no Parque Kruger (foto cpt, Novembro 2013).

 

Não sei até quando ...

publicado às 20:06

Assunção Cristas

por jpt, em 01.05.13

 

A notícia é simples, e ligo para uma página que me parece ser do Bloco de Esquerda, e à qual chego através do facebook (aqui). E comprovo-a na SIC . As causas para a surpreendente e avassaladora hecatombe das abelhas europeias estão encontradas, um trio de pesticidas (tioametoxam, imidacloprid e clotianidin).  Os indícios científicos são relativamente explícitos, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (que julgo ser um organismo consultivo da Comissão Europeia) também o considera.

 

Agora houve uma votação no seio da Comissão Europeia para banir estes pesticidas, protegendo a população das abelhas. Não só se introduziram "nuances" (daquelas que minoram os efeitos positivos almejados) como sete países se recusaram a votar favoravelmente, impedindo a maioria qualificada na votação que permitiria uma rápida e eficaz política. Portugal, que neste assunto tem a tutela da ministra Assunção Cristas, num assunto desta gravidade ecológica decidiu ... abster-se. Em defesa das indústrias produtoras (Bayer, Syngenta).

 

É uma vergonha. Inadmissível. Que caia a ministra, já! E que se assuma, neste caso particular, uma veemência no combate a essa "guerra química".

 

E para que não se diga que tenho má vontade contra o governo ou a ministra, que fique explícito que Assunção Cristas veio a Maputo há pouco. A viagem foi risível, "correu mal" (na suave linguagem diplomática), uma pura pantomina. E este bloguista, que entre esplanadas foi ouvindo o habitual "vocês ....!" (entenda-se, "vocês" portugueses, que não há maneira de aprenderem) não me pus a blogar contra a ministra. Até porque nisto da incompetência para as relações externas e da falta de sentido de estado, a gente está mais do que habituado a encontrá-las nos políticos içados ao poder.

 

Mas nisto, nesta questão, francamente, é demais. Que vá já a ex-ministra. E com o ónus da indecência. A colher o desprezo dos compatriotas. Das várias "cores".

publicado às 00:53

 

Os homens não falam muito do assunto, não é exactamente o tema de conversa mais apetecido. Percebe-se, a gente não fala das pilas próprias (ainda que falemos menos das hemorróidas, o que denota bem a hierarquia das vergonhas masculinas no nosso [meu] contexto cultural). Ainda assim nas poucas conversas sobre o assunto que vão havendo, nunca encontrei alguém que me dissesse que com ele o Viagra não funciona, sendo que aqueles que se sentem livres para falar da bela pílula azul se congratulam com os efeitos. Num contexto mais multicultural (ou globalizado) também se saúdam os efeitos do Furunbao, produto chinês que intenta os mesmo objectivos.

 

Também por isso tanto choca e irrita a persistência da estúpida superstição, essa  metonímia do corno de rinoceronte moído como indutor de erecções. A questão não é de mera sensibilidade exarcebada, amor aos "bichinhos". Pois  os rinocerontes estão, pura e simplesmente, perto da extinção. Uma desgraça ecológica, completamente inútil e desnecessária. Fruto deste boçalismo, crendices tontas.

 

Entenda-se, a caça furtiva à fauna bravia foi continuando, difícil de erradicar, mas desde há alguns anos, com a explosão das interacções comerciais entre África e a China, devolveu-se ao vigor de há algumas décadas. Para além das torpes crenças inexiste na China uma sensibilidade ecológica socialmente poderosa . E não existem formas institucionais de controlar efectivamente estes tráficos (ilegais). Nem por lá, e muito menos nos países africanos. Que estão a ser ecologicamente devassados, numa verdadeira orgia colonial. Mas que não o entendem deste modo, disfarçando esta vasculha com o nome de "desenvolvimento" e "ajuda".

 

Nota-se esta desgraça nos detalhes. Indo ao Kruger (que tem sido um verdadeiro santuário), desde há mais de um ano que não há informações para os visitantes sobre a localização de rinocerontes (como há para outras espécies mais procuradas). Tamanha é a dimensão da caça, dentro dos limites do parque.

 

E nota-se nas grandes coisas. Como nesta tenebrosa fotografia. Produzida por uma crença imbecil. E por uma "indústria" miserável. Velha de séculos. 

 

 

 

Adenda: Na caixa de comentários Wim deixa este comentário: "O combate à caça de rinocerontes é uma causa nobre, mas não acredito que a divulgação de mitos (com contornos racistas) contribui para isso. "One repeated misconception is that rhinoceros horn in powdered form is used as an aphrodisiac in Traditional Chinese Medicine (TCM) as Cornu Rhinoceri Asiatici (犀角, xījiǎo, "rhinoceros horn"). In fact, it is prescribed for fevers and convulsions." (http://en.wikipedia.org/wiki/Rhino_horn#Horns)".

 

Porventura. Em absoluto tem razão, convém saber exactamente as causas da procura e os contextos de aquisição, para melhor se combater o assunto. Mas três pontos a este pretexto, ou seja a ideia, que ouço há anos, que existe na China a crença das potencialidades afrodisíacas do pó do corno de rinoceronte, e que Wim contesta:

a) Envia-me para a wikipédia. Acontece que,  como aqui referi, explicitando empiricamente, não creio na wikipédia. Para fazer este rapidíssimo postal, sobre algo do qual pouco sei, fiz uma pesquisa e consultei duas páginas, uma que não lembro e esta WildAid. Ambas referem a crença nas propriedades entesadoras do pó-de-corno. Aceitei-as como verdadeiras, até porque articuláveis com o que sempre ouvi. É isso falso? Fica aqui a nota. As páginas apontam outras causas para a sua procura (por exemplo ele agora é um rival do Guronsan) e eu não as apontei. Preferi um tom sarcástico sobre o assunto. Merecem melhor os imbecis?

b) Wim considera que divulgo mitos. Porventura, mal-informado estarei, más páginas consultadas. E que os mitos têm contornos racistas. Co(nto)rnos racistas, talvez. Vou então aceitar que sim, que são mitos, que como dizem outras páginas (a wikipédia, por exemplo) a crença em vários contextos asiáticos é que o pó-de-corno de rinoceronte cura febres, reumatismos, maleitas várias, cancro, ressacas, etc. Mas não se acredita que dá tesão.

Aceito que o conteúdo do postal esteja errado (não vou estudar sobre o assunto e não me custa a acreditar nisso). Não compreendo mesmo é onde está o co(nto)rno racista. Mas que raio é o racismo para ser assim atirado ao ar? Confesso, não me cabe nos co(nto)rnos. Talvez por não ter paciência para estes pruridos dos correctismos. Para as correcções tenho, para os correctismos não. Nunca.

c) Nesta última pesquisa sobre a questão encontrei um artigo sobre o actual tráfico. Muito interessante:  The undetected trade in rhino horn-

publicado às 14:39

Elefantes do Mpumalanga

por jpt, em 01.04.13

 

Páscoa na África do Sul. "Deitado abaixo" por uma qualquer maldita gargantite, a pior de que tenho memória adulta. Impediu-me este manso mas magnífico trilho, a do Santuário de Elefantes de Hazyview. Fui apenas cocheiro da princesa e da rainha, e da sua magnífica companhia.

 

 

Voltaram entusiasmados. Radiantes. Eu invejando.

 

 

Esperei-os durante algumas horas, bebericando chá para combater o frio do Mpumalanga. E no seu entusiasmado regresso lembrei-me daqueles que acham o marfim um recurso, e tantos são eles. Pois nada mais são do que pobres. Não sentem. Não pensam. Não aprenderam.

 

 

 

Pois não os ensinaram. Ou, se calhar, não conseguiram aprender. Pois, insisto na minha crença, a virtude ensina-se. Visitem. Nunca é tarde para isto.

 

[As fotografias são do sítio do "Santuário"]

publicado às 15:46

É só um corno, seus cornudos

por jpt, em 23.03.13

publicado às 06:28

O dente de elefante

por jpt, em 13.03.13

AP/Bullit Marquez

 

(Fotografia AP/Bullit Marquez)

 

O meu texto na coluna "Ao Balcão da Cantina" na edição de hoje do "Canal de Moçambique". Vai dedicado aos que divulgam as notícias da matança internacional dos paquidermes e de tantas outras desgraças ecológicas que nós-outros, distraídos, desacompanhamos nos nossos pobres quotidianos de mastigação.

 

 

O Dente de Elefante

 

Os elefantes são animais de farto alimento, todos os dias percorrem uma larga área e comem imensa vegetação. Estão confinados, em estreitas áreas cada vez mais exíguas, “reservas ecológicas” ainda não devastadas pelos gafanhotos bípedes, esses museus do mundo que testemunham a nossa demência omnívora e histriónica. Pois se os elefantes comem muito os homens são glutões desvairados.

 

Em sendo preservados os elefantes tornam-se excedentários nessas, afinal reduzidas, zonas que habitam. Reproduzem-se, crescem e, repito-me, comem. Por isso por vezes se intenta a difícil transferência de alguns indivíduos para outras áreas. Ou abatem-se excedentários, para evitar a sobre-exploração dos recursos alimentares (e espaciais).

 

Que fazer com o precioso marfim, com os dentes dos elefantes abatidos? Há quem defenda que deve ser vendido, um recurso. Há quem diga – e diz com razão, e nem sequer o discuto, é-me dogma – que o marfim das presas dos elefantes não é um recurso, não deve ser vendido. Ou seja, que não é precioso, pois não tem preço. Mesmo que o abate controlado seja necessário, o marfim não é um bem transaccionável, não é um bem utilizável.

 

E talvez essa seja a grande questão, bem para além dos elefantes: o necessário combate a essa histórica e demencial ideia de que tudo o que nos rodeia é um recurso, consumível. Comercializável. Em suma, que tudo é taco … que tudo é dólar. Mas enfrentar esta ideia ultrapassa as forças do meu teclado e o espaço deste jornal. Mesmo num país Moçambique em que, por quase todo o lado, essa ideia de preservação (até sagrada) de áreas de flora e de espécies de fauna existe nas “visões do mundo” das populações. Mesmo que o crescimento populacional e a baixa produtividade agrícola as empurre para o constante destroncar, para as descontroladas queimadas, a ideia de que tudo é recurso apropriável e comerciável vive muito mais nos compêndios de Gestão e similares, nas almas dos (candidatos a) PHDs e nas dos grandes possidentes, do que nas práticas de quem vive da terra e convive, conflituando, com os animais.

 

Em suma, retirar totalmente as presas de elefante do mercado, impedir a sua utilização, é a única forma de tentar evitar a sua extinção. Evitar o comércio. E punir a sua utilização. Punições legais, claro. Mas, e se calhar acima de tudo, as punições morais. A desvalorização de quem usa os enfeites ou outros produtos delas derivadas. Nesta questão eu sempre uso o mesmo exemplo: há décadas no Ocidente era costume as mulheres usarem peles de leopardo. Caríssimas, bens de luxo. Ou imitações. Acontece que as vestes de pele de leopardo (ou a sua imitação) passaram a ser associadas a mulheres de mau porte, “profissionais do sexo” entenda-se. Terá sido a melhor forma de as desvalorizar.

 

Recordo que há alguns anos, ainda nos 1990s, acompanhei um simpático patrício, aqui professor universitário, ao “mercado do pau”, a feira de artesanato dos sábados na Baixa. Era ele muito dado ao bric-a-brac, coleccionador de artesanato, dele conhecedor e pesquisador. E foi-se a comprar um pequeno artefacto de marfim, uma obra belíssima. Resmunguei, sabia ele da minha dogmática oposição, e a modos que a desculpar-se disse-me “bem, o bicho já está morto”. Pois, respondi, “mas não estou preocupado com o elefante. A questão é que quem usa marfim é, literalmente, um filho da p …”, mas juntei-lhe as letras todas. Não percebi bem porquê mas ofendeu-se, como se o ofendido não fosse eu, ainda para mais ali a ver e a acompanhar aquela miserável indignidade.

 

Bem, mas isto são pequenas memórias, talvez até indignas de ascenderem a um jornal. Vêm elas a propósito das notícias que explodem. Da razia na fauna africana, nos últimos anos a caça furtiva (?, será mesmo furtiva?) a rinocerontes, estes agonizantes, próximos da extinção. E na devastação das populações de elefantes. Em poucos anos os países africanos perderam mais de metade dos elefantes (atenção, não é dos “seus” elefantes como a língua nos leva a dizer, atraiçoando-nos o pensamento. Pois os elefantes não “são” de ninguém, pessoas ou países).

 

Não falo dessa torpe “caça desportiva”, homens endinheirados que atravessam o mundo para ejacularem munições abatendo grandes mamíferos, indefesos diante da tecnologia e do saber dos caçadores profissionais, esses que ladeiam os “másculos” da frouxa aventura. Uma pobreza mental, uma miséria moral, coisa há pouco exemplificada pelo espanhol Juan Borbón, em fotos que cruzaram o mundo devido à sua posição profissional. Apenas um entre muitos.

 

Mas o problema fundamental é a caça desenfreada, o abate comercial. Que tem causas actuais. O crescimento económico chinês é uma delas, potenciando o apetite pelo marfim, fazendo explodir a sua importação, como o denunciam as notícias internacionais. Uma sociedade rapidamente enriquecida e que não tem sensibilidade ecológica (nem legislação, ao que parece). Vê-se na devastação própria, com as suas cidades radicalmente poluídas demonizando a vida do seu próprio povo, uma insensibilidade até suicida. Se estão num momento histórico desses ir-se-ão preocupar com os elefantes ou rinocerontes do estrangeiro? Ou com as madeiras raras, que vão comprando até à extinção e desflorestação radical? Que interessa tudo isso diante do apetite de boas mobílias e lindos objectos decorativos, esses que por lá há poucas décadas eram privilégio do topo dos “apparatichks”?

 

Sei que aqui logo alguém dirá “sim, mas vocês europeus …”, ilegitimando o discurso. Sim, os países industrializados devastaram o que puderam, e continuam a devastar. Mas alguns deles conheceram o desenvolvimento de concepções ecológicas, tiveram e têm conflitos sociais sobre a matéria. Neles se tenta, por legislação e práticas, impedir a destruição total do que tanto tem sido destruído. Seja em casa própria seja no restante mundo. Os gigantes emergentes, e a China é o cume disso, não têm esse percurso. E são, agora, vorazes.

 

As notícias desta vaga assassina chegam agora de Moçambique. É a Rádio Moçambique que informa o massacre dos elefantes no Cabo Delgado e Niassa. Milhares deles foram abatidos nos últimos dois anos. Redes internacionais de comércio de marfim alimentam este processo. Que não é, ao contrário de que alguns “contextualizadores” que querem “compreender”, fruto da acção de populações empobrecidas, em busca de sobrevivência. Trata-se da renovação de uma longa tradição, de séculos, de redes de comércio internacional de marfim, agora alimentado com altas tecnologias (caça-se de helicóptero, ao que parece). É uma velha história em terrível embrulho moderno.

 

E nada vai sobrar. Agora aproveitam alguns, poucos, uns milhares de dólares, nem grande coisa será. Que se extinguirão. Tal como os grandes mamíferos.

 

Os outros, todos nós, ficaremos por cá. Mais sozinhos. Mais pobres. E mais feios. É uma desgraça. E é uma desgraça, também, que nem nisto todos concordemos.

 

 

publicado às 08:06

A virtude ensina-se?

por jpt, em 16.05.12

elefante.jpeg

A virtude ensina-se? Ou é inata? É uma velha questão, posta pelos bisavós filósofos - bem como a de qual é o seu conteúdo, ou a de quantas subespécies terá. Opiniões diversas têm albergado estes milénios. A gente esforça-se por acreditar que sim, que a(s) podemos transmitir.

Estas são algumas das fotografias tiradas na última vez que fui, em família e amigos, ao Parque Kruger. Quem as tirou foi a cpt, nos seus 9 anos. Gostou de lá ter estado. Espero que um dia, se isto desanuviar, possamos regressar à Gorongosa, que ela ainda não conhece. E, quem sabe, até ao Niassa, nas suas reservas. A nossa princesa merece. E talvez possa ser acompanhada pelos amigos MVF ou PSB, a ensinarem como fotografar.

 

Entretanto as notícias continuam. O Kruger cresceu como alvo de caçadores furtivos. O massacre abunda, em particular os rinocerontes escasseiam, massacrados pelos caçadores de chifres, tão apreciados pelos naturais do país do Furunbao. A virtude ensina-se? A gente esforça-se por acreditar que sim. Mas custa muito, quanto deste mundo nos vai dizendo que é inata ... E só para alguns.

jpt

publicado às 17:21

A virtude ensina-se?

por jpt, em 16.05.12

elefante.jpeg

A virtude ensina-se? Ou é inata? É uma velha questão, posta pelos bisavós filósofos - bem como a de qual é o seu conteúdo, ou a de quantas subespécies terá. Opiniões diversas têm albergado estes milénios. A gente esforça-se por acreditar que sim, que a(s) podemos transmitir.

Estas são algumas das fotografias tiradas na última vez que fui, em família e amigos, ao Parque Kruger. Quem as tirou foi a cpt, nos seus 9 anos. Gostou de lá ter estado. Espero que um dia, se isto desanuviar, possamos regressar à Gorongosa, que ela ainda não conhece. E, quem sabe, até ao Niassa, nas suas reservas. A nossa princesa merece. E talvez possa ser acompanhada pelos amigos MVF ou PSB, a ensinarem como fotografar.

 

Entretanto as notícias continuam. O Kruger cresceu como alvo de caçadores furtivos. O massacre abunda, em particular os rinocerontes escasseiam, massacrados pelos caçadores de chifres, tão apreciados pelos naturais do país do Furunbao. A virtude ensina-se? A gente esforça-se por acreditar que sim. Mas custa muito, quanto deste mundo nos vai dizendo que é inata ... E só para alguns.

jpt

publicado às 02:29

White Hunter, Black Heart

por jpt, em 16.04.12

Juan Carlos Borbón, chefe de Estado de Espanha - esse que a tralha monárquica sempre agita como exemplo da exemplariedade monárquica - anda por aí a caçar elefantes (no Botswana). Sobre a pantomina política que isso simboliza é de ler o postal, esse sim exemplar, de Rui Rocha, no Delito de Opinião. Sobre isso de um gajo ter tesão a matar elefantes, algo que alguém considerou, convictamente, um "pecado", nem vale a pena abordar. Alguns dirão que as coutadas de caça grossa são a forma de preservar a fauna - e eu concordo. Pois, infelizmente, o mundo é assim. Mas que um rei se delicie matando elefantes?

De Espanha nem bom vento nem bom pensamento ...jpt

publicado às 01:47

Para acabar de vez com as touradas

por jpt, em 27.03.12

tor.jpeg

 (Fotografia de Miguel Valle de Figueiredo)

Em Portugal o Bloco de Esquerda propôs no parlamento uma lei contra as touradas, querendo proibir financiamentos indirectos do Estado a esses espectáculos e a sua transmissão televisiva nos canais públicos. E ainda a sinalização dessas transmissões nos canais privados (intentando-lhes uma "marginalidade"). Não sou adepto da "festa brava", nunca assisti a uma tourada, e nisto a minha visão não é nada a la Hemingway, foi nos tempos de adolescência muito mais moldada por D. H. Lawrence, com tudo o que de datado e preconceituoso aquela "Serpente Emplumada" se emplumou com o tempo.

Ainda assim este afã anti-tauromáquico desagrada-me. É certo que corresponde a um crescente sentimento de protecção dos animais, até político, e neste âmbito nada mais é do que uma mitigada derivação, até decadência, dos movimentos ecológicos, uma "petização" das grandes agendas ecológicas de finais de XX. Um processo actual que tem inscrições, legítimas e benfazejas, nos cidadãos - basta passear nesse Rossio actual que é o facebook para ver a quantidade de canídeos e (menos) gatídeos para os quais se pede protecção.

Mas a questão política não habita aí. O aproveitamento deste assunto pela esquerda totalitária e populista, na sua constante agenda agit-prop, tem outras raízes. Significativas num país onde os movimentos ecológicos nunca alcançaram efectiva influência no âmbito político (um pequeno e muito pessoalizado movimento em 1980s por via do partido monárquico; uma breve ascensão de figuras no PSD de finais dessa década, logo enviadas para exílios "dourados"  decerto que para "não incomodarem"; e alguma capacidade de intervenção social de organizações - como a Quercus - mas sem grande peso estrutural). A fragilidade política da cidadania ecológica está bem simbolizada na repugnante pirataria simbólica realizada pelos comunistas, que há décadas mantêm a fraude parlamentar dos "verdes", um acto de corrupção por via de apropriação de recursos  estatais e de imoralização do regime parlamentar que parece já a ninguém chocar.

O radicalismo comunista avança contra as touradas por intentos propagandísticos, a tal festividade "fracturante" que o fez crescer em XXI, sempre atenta às marés das sensibilidades da cidadania, estas difusamente influenciadas pelas questões internacionais, particularmente se americanas. Mas a base não está apenas aí.

A questão tauromáquica radica numa aversão com um mundo social rural (ainda que com as "modernas" características rurais do Portugal de hoje). É óbvio, até pela linguagem constantemente usada (as acusações de "selvajaria", "barbárie", "primitividade", "tradicionalismo", as reclamações de projectos de "modernidade", "civilização"), que nos deparamos com uma população (neo)urbana enfrentando com desagrado as características remanescentes de um mundo ruralizado. O desagrado com a tourada não é apenas com o sofrimento dos bichos (ainda que isso seja constitutivo). É com aqueles contextos sociais, com as suas formas publicitadas de adesão religiosa, de vida familiar, de estrutura social e suas hierarquizações explicitadas, de terratenência (ainda) e de reprodução de redes sociais. As quais são celebradas, implícita e explicitamente, na tal "festa brava".

A desvalorização da tourada começou no 25 de Abril (acima de tudo a nível simbólico, identitário do país) por questões de "inimizade" socioeconómica, de transformação do regime político, mas regressa agora num outro contexto por "inimizade" cultural. Os pequenos urbanos, como nos séculos anteriores, têm repugnância pelo estertor rural. É apenas uma pobre, e serôdia, sequela do "iluminismo". A este movimento político anti-tauromáquico não repugna o sofrimento dos bichos mas sim a vivência dos homens. As suas bases sociais urbanófilas exigem, de modo até inconsciente, a padronização total do país. O que coincide com o totalitarismo inscrito na génese e na actualidade dos partidos que o agitam. O sempre afirmado "direito à diferença" é, claro, como sempre, siamês dos intentos de exclusão.

Na base deste movimento político pretensamente ecológico da "esquerda" portuguesa está não só esta vontade de aplainar o país (o que não é novo na história). Está também, como surge quase sempre nas suas campanhas políticas, um profundo reaccionarismo, uma estruturante irreflexão sobre as suas constituintes ideológicas. O frágil movimento ecológico português, nas suas explosões políticas, nunca abordou sistemicamente as formas de industrialização animal, de ordenamento territorial, nem mesmo ultrapassou o produtivismo agrícola. A vida animal (e correlativa flora) não tem sido verdadeiramente uma agenda. São agora os touros - insisto, fundamentalmente como forma de chegar, transformar, os homens. Com pitada de propaganda auto-glorificadora.

Para o movimento político este incómodo com a "barbárie" tauromáquica não tem qualquer relação estruturante com os (sofridos) animais. Isso denotando é o exemplo extremo de que os mesmos pequenos burgueses (pequenos urbanos), e seus deputados, que tão solidários são com os pobres touros, não têm qualquer pejo em levar as suas crianças aos zoológicos - e a ideia de que uma tarde lancinante no final da vida de um bovino é pior do que vidas de confinamento para um felino ou um primata, ou outros animais, é absolutamente desprezível. Nenhum movimento de cidadania se levanta contra o "zoologismo". Nem face ao sofrimento animal assim infligido, nem face às concepções culturais sobre o mundo natural e sociopolítico que o "zoologismo" reproduz, inscrevendo-as nas novas gerações.

Demonstrando o impensamento constante, estrutural, da pequena-"esquerda" populista? A sua mediocridade intelectual? Sim. Mas muito mais do que isso, mostrando a sua adesão aos modelos políticos e ideológicos que constituiram o movimento "zoologista", de apreensão colonial da natureza, de apropriação e devastação ecológica. E de exposição dos seus "restos", exóticos, assim "zoologizados". No fundo, a actual "festa brava" do movimento anti-tauromáquico é isto, apenas isto. A demonstração, radical, do profundo reaccionarismo do comunismo radical português. Muito por ignorância, certo. Mas muito por perfídia. Propagandística mas, muito muito mais do que isso, ideológica.

Abaixo ilustro o que o Bloco de Esquerda (e seus "companheiros de estrada") não acham prioritário, nem mesmo necessário, discutir. Pois não lhes afronta o mundo social e cultural tal  qual habitam e fruem. Ou seja, o mundo globalizado, e globalizado "daquela maneira", colonial, apropriadora, "expositiva" onde frutificaram. Aquela globalização que tanto choram, e reclamam por manter.

 jpt

publicado às 12:50

Via e-mail e sem referência quanto à sua origem, recebi estas imagens do que me pareceu ser um projecto associado a uma ONG na América do Sul. Fui investigar sobre casas construídas com garrafas de plástico.

 

Parece que esta iniciativa decorreu em Warnes, na Bolívia, no ano de 2007 , com orientação de uma técnica (nas imagens) da ECO-TEC - Soluções Ambientais. Esta empresa oferece serviços de consultadoria para o aproveitamento de resíduos sólidos em todo o planeta. O intuito é levar as comunidades a descobrirem a possibilidade de aproveitamento dos resíduos sólidos resultantes do  consumo quotidiano. Neste caso concreto, foram escolhidas as garrafas de plástico para a construção de casas, uma vez que este material apresenta propriedades isoladoras.

 

O resultado desta técnica apurada por Andreas Froese, um alemão ecologista que se dedica à bio-construção e ao eco-desenho, é fabuloso. Para além de ser um projecto ecologicamente sustentável, também me arrancou um sorriso porque me lembrei do não menos fabuloso Antonio Gaudi, esse génio da arquitectura modernista.

 

VA

publicado às 16:55

Torres de marfim

por jpt, em 22.07.11

Na outra encarnação do Ma-schamba contei uma história sobre o Presidente Moi do Quénia, o comércio do marfim e as filmagens do Out of Africa:

 

 

"Queima em 1989"

 

O shooting do filme coincidiu no Quénia com a aprovação, pelo na altura Presidente Moi, da directriz das Nações Unidas que bania o comércio em marfim. O governo queniano tinha feito enormes apreensões de marfim e queria fazer uma qualquer demonstração pública e impressionante da sua destruição. Foi decidido fazer então uma enorme fogueira queimando as toneladas de marfim entretanto apreendidas. O Presidente Moi deveria aproximar uma tocha da enorme pilha, que deveria de imediato irromper em chamas altas e vigorosas, simbólicas do ímpeto anti-marfim.Fizeram-se testes e ensaios, mas o marfim demora imenso tempo a começar a arder e tem uma combustão lenta e difícil. Assim, quando aproximavam a tocha da pilha-teste nada se passava durante uns minutos e depois lá surgia uma mísera coluna de fumo esbranquiçado e raquítico…Foi então que alguém se lembrou que havia uma equipa de Hollywood a filmar algures no país e que seguramente dispunham de peritos em efeitos especiais. E assim foi! O filme era o Out of Africa, o ano de 1989. Neste ano de 2009 o que se elevou em fumo foram as restrições ao comércio de marfim, sem quaisquer efeitos especiais…

 

De facto, em 2009 a ONU abriu uma excepção à proibição total do comércio de marfim e permitiu a venda em leilão de marfim apreendido nalguns países africanos. E é aqui que se entra nos cinzentos e as coisas se complicam. Porque a redução do habitat natural dos elefantes devido à pressão demográfica traduz-se na necessidade de se controlar a população de elefantes em determinadas áreas, o que frequentemente é feito por abate selectivo. O marfim proveniente destes abates juntamente com o marfim apreendido, se vendido legalmente, significa boas receitas para países que delas precisam. Mas a abertura de vias legais para o comércio de marfim facilita o negócio paralelo e acaba por incentivar o abate furtivo de elefantes num crescendo difícil de controlar.Foi isso exactamente que aconteceu no Quénia onde o número de abates ilegais detectados subiu de 57 em 2008 para 90 em 2009. E daí para cá não parou de aumentar.  Relembremos que na década de 1970 existiam 1,3 milhões de elefantes em África e actualmente existem apenas 500.000. E relembremos também que o único propósito do marfim é a vaidade.Numa semana em que se debate o levantamento ou não da proibição do comércio de marfim, o presidente Mwai Kibaki do Quénia procedeu à queima pública de cerca de 5 toneladas apreendidas em Singapura em 2002, com um valor de 10 milhões de libras. Pena é que na pira do marfim não arda também a vaidade; para isso não há ainda efeitos especiais.

 

 "Queima de 20 de Julho de 2011 - Foto de Tony Karumba/AFP/Getty Images"

 

AL

publicado às 02:26

60 dias de facebooking

por jpt, em 18.06.11

Nunca gostei do sempre-repetido mandamento bloguístico "escreve sobre o que sabes. Link to the rest". Sempre me irritou o prescritivo sobre esta irresponsável actividade, na qual para mim cada-um-como-cada-qual. Os limites do saber próprio (quando este existe) estão no trabalho,  e isto do in-blog é para botar sobre o que vem à respectiva cabeça.

 

Para além disso o weblog é um diário, de impressões, e estas são (ou podem ser) múltiplas, esparsas - um tipo que só se interessa sobre o que sabe, caramba, é um chato. Claro que há os blogs especializados (dedicados), alguns fantásticos. Mas isso é uma saudável opção, não uma obrigação.

 

Mas o mandamento de "link to the rest" está estafado no bloguismo acima de tudo por razões tecnológicas. Com a vertigem imediatista do facebook, aquilo do clic-clic e ligação feita perdeu-se muito da dimensão inter-ligadora (e textual, reflexiva) do bloguismo. Aliás, os sistemas (blogspot, wordpress) terão que integrar essa função supra-ligadora. Ou desaparecem.

 

Como blogar neste contexto? Não sei bem, nem sei se isto tem muito futuro (há anos que se diz que o bloguismo è finito), ainda por cima com a "lentidão" ligadora que tem. Mas, pelo menos, é um sítio e um meio onde se pode escrever ... sobre o que não se sabe. Suprema liberdade potenciada pelo facebook, para onde podemos ir "linkar" coisas, fast-fast, clic-clic, com tanta vantagem ...

 

Uso o FB fundamentalmente como difusor de ma-schamba (a página blog ma-schamba, o grupo ma-schamba [modalidade que perdeu visibilidade nos murais devido às alterações do sistema FB] e o ma-schamba na aplicação NetworkedBlogs). Ainda assim acumulam-se as ligações, seja por réplicas imediatas de outros murais seja provenientes de outros suportes (blogs também). Como exemplo do supra-linkismo facebookista  actual, até vertiginoso, (mas também para meu arquivo, e esperando que alguém se divirta abaixol) deixo os meus dois últimos meses de facebooking, as aventuras nessa likeland reino do clic-clic.

 

A ordem da colocação aqui é inversa da cronológica ...

 

 

64. O (necessário, urgente) elogio da Culinária Moçambicana

 

 

63. Documentário de Werner Herzog sobre pinturas rupestres

 

 

62. Da enorme série "recomendações dos amigos-FB"...

 

61. Assange, o wikilikeakista: o facebook é máquina de espionagem! Estes romanos são loucos!

 

60. Constante reprise

 

59. Pérolas do youtube ...

 

58. Um número especial da Science et Vie dedicado ao acidente nuclear de Fukushima (via Klepsýdra)

 

57. Pérolas do youtube ...

56. O Byrne de oiro.

 55. The Clash "Should I Stay or Should I Go?": sem embebimento disponível ... É clicar e ouvir/ver ... 

 

54. Gorongosa. Fauna, Flora e Paisagens, um belíssimo trabalho fotográfico disponibilizado no facebook.

 

53. 30 Postais sobre Moçambique (elo retirado). Vale a pena lavar a vista.

 

52. José Sócrates: "seis anos de batota". Que herança ... A arquivar, para não o esquecer.

 

51. O "vai vir charters" do Paulo Futre. Uma bela peça de marketing mas, muito mais do que tudo, uma lição de rir-se de si próprio. Viva Futre! (o meu candidato ...)

 

50. O excelente Nkwichi Lodge no Lago Niassa, um verdadeiro eco-lodge e com gente porreira à frente, foi escolhido como um dos 101 melhores hotéis mundiais [Já lá estivemos e sobre isso botei, deslumbrado].

 

49. Da enorme série "recomendações dos amigos-FB"...

 

48. Da enorme série "recomendações dos amigos-FB"...

 

47. Da enorme série "recomendações dos amigos-FB"...

 

46. Da enorme série "recomendações dos amigos-FB"...

 

45. Directório de blogs expatriados. Aqui a secção Moçambique.

 

44. Um ascensão fulgurante, dançarinos moçambicanos integram o último trabalho de Beyoncé.

 

43. João Pereira Coutinho, no fim de José Sócrates, o pior dos políticos portugueses, com o tique máximo da anti-democracia: "um político que prefere negar a realidade e confunde uma crítica ao governo com uma crítica ao país". Que nunca mais volte, é um desígnio nacional, apesar das suas ameaças "em andar por aí".

 

 

42. O excelente sítio Buala a trabalhar sobre Ruy Duarte de Carvalho.

 

41. O Da Casa Amarela a comemorar o aniversário de Dylan

 

40. A AL é uma emérita coleccionadora de cartoons e tem um mural FB fantástico nisso.

 

39. No 70º aniversário de Dylan, ele sobre Elis Regina

 

38. Forever Mickey

 

37. Água Vumba premiada, a minha bebida moçambicana preferida. (Sim, apesar de militante da dupla 2M - Manica)

 

36. A propósito da crise, versão pop-pirosa ...

 

35. 3XMiles

 

34. The Guardian a olhar para a imprensa moçambicana e seu impacto social. O elogio do jornal "Verdade", o popular primeiro gratuito, que tanto modificou a paisagem mediática aqui. E que é líder na imprensa informática, com o vigor que coloca - celebrizando-se na cobertura dos acontecimentos de 1 e 2 de Setembro de 2010.

 

33. Dexter, via MVF - que tem um refinado mural FB. E talvez por isso tão pouco aqui culime ...

 

32. Mitos industriais perversos, via A Arte da Fuga, um bom pontapé no guevarismo e, mais globalmente, no acriticismo.

 

31. Um céu limpo global, fruto de um projecto fotográfico de grande monta.

 

30. Uma nova supernova. A página da National Geographic dá-nos maravilhas diárias ...

 

 

29. Naipaul por Naipaul - agora aflorando a "escrita feminina". Um elefante em loja de femininismos ...;

 

28. Aquando das eleições portuguesas uma reflexão sobre as aldrabices das sondagens políticas portuguesas. Já nas últimas eleições isso se discutiu no bloguismo - o peso simbólico (académico, como se científico, e mediático-televisivo) dos sondageiros, alimentado pela idolatria da numerologia continua a permitir a subsistência e sobrevivência gente. Urge o ostracismo moral. Para todos ..

 

27. No país da Dirty Dilma: também ler um Que fazer?;

 

26. Sobre os telemóveis. Cancerígenos ou não?, via De Rerum Natura. Questão de "estação estúpida"? Ou bem pior do que isso? E que efeitos nos fanáticos twitteristas?

 

25. Chegou o icloud da Apple, e deve mudar bastante as coisas - como por exemplo nunca mais perder os ficheiros por corrupção dos "discos-afinal-moles".

 

24. Notícia da publicação do Caderno de campo na Guiné-Bissau (1947) de Orlando Ribeiro. Para a agenda de compras quando em Portugal ...

 

23. Lou Reed Forever

 

22. Da enorme série "recomendações dos amigos-FB"...

 

21. Bela galeria fotográfica de arte moderna

 

20. Kare Lisboa, na Lx Factory: gente família a lutar bem com a crise. E nós de longe a torcermos pelo sucesso, bem-merecido.

 

19. Lembrei-me da gentil guitarra do Beatle. (um Beatle nunca é ex).

 

18. Bjork, Venus as a Boy: lembrei-me do vulcão islandesa, mas sem direito a partilha (a função "embeber" foi retirada do youtube para este filme). É clicar para ouvir/ver ..

 

17. Tomai lá com o Bach, em Lisboa disse uma velha-amiga

 

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Flying in a motorized paraglider over one of the most diverse continents in the world, George Steinmetz captures in his photographs the stunning beauty, potential and hope of Africa's landscapes and people. See the project at http://mediastorm.com/publication/african-air

16. África em vista aérea, uma galeria sumptuosa a mostrar o  trabalho de George Steinmetz, "fotógrafo americano que percorreu e fotografou as paisagens africanas ao longo de 30 anos. Sobretudo do ar, a bordo de um parapente motorizado":

 

 

15. Uma dupla de Siouxie, a última das moicanas ...

 

14. Lago Niassa declarado reserva natural pelo governo de Moçambique, uma boa notícia enquanto há rumores de que empresas se preparam para acelerar a exploração dos "recursos" minerais existentes.

 

13. Ads of the World: conhecer o inimigo. Para melhor o combater.

 

12. Canal de Moçambique, o mais belo título dos jornais moçambicanos, a abrir a sua página no facebook;

 

11. Imperdível, textos sobre Arte Contemporânea africana;

10. Eu lembrei o Tony de Matos e logo uma amiga-FB completou ...

 

9. O Grande Tony de Matos - que eu sempre recordo a actuar no Coliseu dos Recreios em meados dos anos 1980s, então sala-nobre de Lisboa e como tal vedada aos cantores populares. Foi "special guest star" de Vitorino e levantou o público à ... entrada. Um sucesso, uma reparação. 25 anos depois honra ao Vitorino que provocou o momento ...

 

 8. Da enorme série "recomendações dos amigos-FB"...

 

7. Da enorme série "recomendações dos amigos-FB"..

 

6. Uma série apaixonante, a ir ver: Closer To The Truth

 

5. Uma sumptuosa série sobre filósofos, disponível no youtube, ao qual chego via Crítica. Blog de Filosofia;

 

4. Vasco Palmeirim - um delicioso humorista dos novos tempos em Portugal que venho conhecendo via youtube ...

 

3. O silêncio dos livros, um belo blog mostrando leituras.

2. Retirado o título [o grau de doutorada] a deputada europeia [alemã] Silvana Koch-Mehrin que plagiou - informa o Diário de Notícias exactamente no dia em que deixei o resmungo sobre o posfácio dos plágios (e lembrando outro meu lamento mais dorido);

1. Stellarium, um fantástico programa informático que nos põe o planetário em casa (como qualquer miúdo da minha geração teria sonhado).

 

jpt

publicado às 13:10

Maschamba

por jpt, em 09.06.11
PSB

publicado às 10:49


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