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Com referência às declarações de Cavaco Silva sobre a guerra colonial portuguesa, elidindo a violência dos seus processos de arregimentação militar e a multiplicidade das formas da sua vivência, e as quais surgem tão descabidas que deverão ser originadas em grande desconhecimento histórico proponho que algum membro da equipa de Cavaco Silva leia rapidamente estes quatro pequenos livros e deles faça um condensado em reunião de trabalho. São todos supra-recomendáveis e todos versam o assunto: o sentir das tropas portuguesas em África e o sentido que davam à guerra (as tais "coragem ...desprendimento...e determinação" que Cavaco Silva invoca, como se fossem assunto indiscutível, neutral). Trabalho curto, rápido e, com toda a certeza, prazenteiro.

 

[Eduardo Pitta, Persona, Angelus Novus, 2000]

[Fernando Assis Pacheco, Walt, Assírio e Alvim, 2007 (1978)]

[António Lobo Antunes, Os Cus de Judas, (1979)]

[Mário de Carvalho, Os Alferes, Caminho, 1998]

jpt

publicado às 16:15

Efemérides

por jpt, em 01.12.05

não sou lá muito disso, acima de tudo uma canseira. E até assim para o seco ("hoje é o dia de falar de ... porque tem que ser"). Mas neste caso, neste seu verdadeiro sentido de "tábuas astronómicas que indicam a posição dos planetas para cada dia do ano", é no Da Literatura que me acordo do meu desnorte [o cujo, caso diferente tivesse sido o clic-clic, ter-se-ia estancado ainda que insone].

O dia em que nasci meu pai cantavaversos que inventam os pastores do montecom palavras de lã fiada finacordeiro lírio neve tojo fonteesta é uma velha história de famíliapara dizer como ele e eu chegámosà raiz mais profunda do afectodo qual nunca jamais nos separámosnem Deus feito menino teve um paique o abraçasse e lhe cantasse assimdesde a primeira hora até ao fimfui vê-lo ao hospital quando morriaolhos parados num sorriso levetojo cordeiro lírio fonte neve

Antes expliquei-me sobre este Fernando Assis Pacheco, do "Respiração Assistida" único seu livro que aqui tenho: aqui e com outro poema.

Agora podia continuar a teclar, a "postar" poemas. Mas vão ler.

publicado às 09:08

...

por jpt, em 05.03.05
...nesse tempo ainda os meus pais eram da famíliaque depois perdi em anos consecutivose eu julgava-os imortais como deuses de luz clarabrilhando à mesa sobre a grande toalha de linho...[Fernando Assis Pacheco, "Elegia mandada por carta ao Tim", Respiração Assistida]

publicado às 09:24

Abertura do Rue Catinat

por jpt, em 03.03.05
Ao ler o livro de Assis Pacheco, do qual abaixo transcrevo excerto de poema, decidi abrir um blog. Abri-o com isto, vem agora para aqui.

publicado às 23:52

Triste de mim mais triste que a tristezatriste como a mão que segura o copocomo a luz do farol esgaçando a névoatriste como cão mancodeixado na serra pelos caçadores.....triste como uma puta alentejananum bar de Ourenseque me viu à cerveja e lestame chamou compadrevozes que a gente colecciona...triste e já sem nenhum reparoa fazer à metafísicasenão que é um déficeporventurado córtex cerebral[Fernando Assis Pacheco, Respiração Assistida]

publicado às 09:11


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