Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Com referência às declarações de Cavaco Silva sobre a guerra colonial portuguesa, elidindo a violência dos seus processos de arregimentação militar e a multiplicidade das formas da sua vivência, e as quais surgem tão descabidas que deverão ser originadas em grande desconhecimento histórico proponho que algum membro da equipa de Cavaco Silva leia rapidamente estes quatro pequenos livros e deles faça um condensado em reunião de trabalho. São todos supra-recomendáveis e todos versam o assunto: o sentir das tropas portuguesas em África e o sentido que davam à guerra (as tais "coragem ...desprendimento...e determinação" que Cavaco Silva invoca, como se fossem assunto indiscutível, neutral). Trabalho curto, rápido e, com toda a certeza, prazenteiro.
[Eduardo Pitta, Persona, Angelus Novus, 2000]
[Fernando Assis Pacheco, Walt, Assírio e Alvim, 2007 (1978)]
[António Lobo Antunes, Os Cus de Judas, (1979)]
[Mário de Carvalho, Os Alferes, Caminho, 1998]
jptnão sou lá muito disso, acima de tudo uma canseira. E até assim para o seco ("hoje é o dia de falar de ... porque tem que ser"). Mas neste caso, neste seu verdadeiro sentido de "tábuas astronómicas que indicam a posição dos planetas para cada dia do ano", é no Da Literatura que me acordo do meu desnorte [o cujo, caso diferente tivesse sido o clic-clic, ter-se-ia estancado ainda que insone].
O dia em que nasci meu pai cantavaversos que inventam os pastores do montecom palavras de lã fiada finacordeiro lírio neve tojo fonteesta é uma velha história de famíliapara dizer como ele e eu chegámosà raiz mais profunda do afectodo qual nunca jamais nos separámosnem Deus feito menino teve um paique o abraçasse e lhe cantasse assimdesde a primeira hora até ao fimfui vê-lo ao hospital quando morriaolhos parados num sorriso levetojo cordeiro lírio fonte neveAntes expliquei-me sobre este Fernando Assis Pacheco, do "Respiração Assistida" único seu livro que aqui tenho: aqui e com outro poema.
Agora podia continuar a teclar, a "postar" poemas. Mas vão ler.