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como abaixo muito bem disse o MVF. Torço o nariz a esta patrimonialização via UNESCO, aplainando questões sobre o que "património" (tangível ou intangível), naturalizando o que é "cultura" ou "história". Mas isso são outras conversas, nem mesmo blogáveis. O fado é fantástico. De Portugal? Sim, claro, e porventura os portugueses poderão aderir mais facilmente. Mas é muito mais do que coisa local. Para muitos que nada percebem e se "assentam" nos preconceitos sobre o que é o "fado" (que nem conhecem) só se pode repetir à exaustão este ... e que se calem os ingratos pois que se vai cantar o Fado.

 

Acima o grande Fernando Maurício acompanhado de Francisco Martinho. Ouça-se o ritmo, "lá atrás", ouça-se o que se canta, nem só a crítica social mas também o frasear. Uma radical contemporaneidade. Sem deixar de estar ancorada no que se fez antes. Cante-se, toque-se. E ouça-se. Em silêncio. Ou com gargalhadas. E copos, aplausos e até rugidos, coisa de apupos.

 

Não gosta?, feche os olhos, dispa-se do que lhe disseram. Ainda assim não gosta? Imagine que é ritmo malaio, etnografia vietnamita, cântico salvadorenho. Esses "subalternos", vítimas do capitalismo. E vai ver que logo gostará. E até cantará ao desafio.

 

Abaixo um bairro malafamado.

 

 

Aconselho ainda a visita a um blog dedicado a Fernando Maurício.

 

jpt

publicado às 04:41


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