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ISCTE Bring Us Together

por jpt, em 14.11.13

Alguns amigos, sabendo-me antigo aluno do ISCTE, uma das mais prestigiadas instituições universitárias portuguesas, enviam-me a notícia de que nos próximos dias decorrerá em Maputo um evento sob a sua égide, julgo que organizado em conjugação com a Universidade Politécnica. Neste sítio, perdão, neste site está a informação sobre o evento ISCTE Estamos Juntos, perdão, ISCTE Bring Us Together. Para além do convívio, perdão networking, dos antigos alunos, desculpem-me, alumni, acontecerá uma conferência que antevejo muito  interessante, em consideração pelo tema: "Potencial Energético de Moçambique – desafios para a criação de um bloco energético da CPLP/ Macau-China". E ainda, no dia seguinte, uma oficina, perdão, workshop em Balanced Scoreguard.

 

Iscteano que fui desejo os maiores sucessos a esta iniciativa. e um bom momento de trabalho e de aprendizagem a todos os participantes. Que os alumni se alumiem, se me permitem usar a língua portuguesa..

 

Português que sou, da geração iscteana de 1980s, tremo, furibundo com este anglês. Não por qualquer purismo linguista, vade retro (latim) satanás! Mas porque nele habita a ideologia yuppista cristalizada, essa dos tais anos 80s. Que escavacou (sem malícia) a economia e a sociedade portuguesa, como se vê agora. É mais ou menos para isto, ou deveria ser, que servem os antropólogos (os brotados no ISCTE e noutros locais). Para irem dizendo que o economês vai nu. E o globalês cheio de arestas, enferrujadas. E até mais coisas. Que não pagam propinas. Mas poderão alumiar alguns alumnis. E fazer um mundo melhor. Ou, pelo menos, não pior. Perdoe-se-me o intermezzo (italiano) iluminista.

publicado às 09:18

Memória

por jpt, em 14.11.13

Acordo de Cotonou, que enquadra a política europeia (e portuguesa) de cooperação para o desenvolvimento com os países de África, das Caraíbas e do Pacífico.

publicado às 09:17

O remorismo

por jpt, em 14.11.13

 

rémora, curioso animal, peixe viajante e industrioso. Também conhecido por outros nomes, peixe-piolho, peixe-pregador, etc.

 

 

 

 

publicado às 08:39

Identidades

por jpt, em 07.06.10

 

Abaixo está uma entrada sobre a campanha publicitária da GALP que importa para Portugal a corneta (vuvuzela) destinada aos campos de futebol e, presumivelmente, seus arredores e locais públicos. O texto é explícito: trato ali da importação de um instrumento, que em meu entender é supra-barulhento, agressivo e desconfortável; para além do futebol trata ainda da mania lusa (mas não só) de adquirir tudo o que vem à rede, o acrítico e desbragado consumismo. Implicitamente - mas esse implícito só pode ser para quem acompanha o ma-schamba, claro - liga-se com o meu enorme fastio com a futebolização do país (abordada por exemplo aqui mas várias vezes depois em tempos mais recentes), que entendo não só como uma forma de distrair o povo mas, fundamentalmente, como uma forma de "fazer pensar". Uma padronização do pensamento do qual o exemplo mais óbvio é o "futebolês" mas que tem coisas bem mais profundas, como a "derbiização" do debate público. Ou seja, gosto de futebol, gosto dos grandes torneios e sou sportinguista (talvez um bocadinho menos do que aquilo que enceno, mas pouco). Mas isto da bola deve ter limites.

 

O ma-schamba está ligado no facebook e aí, nos comentários a esse texto, gerou-se um resmungar contra as cornetas [qualquer falante médio de português interpreta bem a extensão semântica jocosa do termo "corneta"], e na conversa mais entre-amigos gerei um grupo contra o raio da .... corneta em Portugal, uma catarse contra a imbecilização (neste caso via publicidade, mas quem dera que fosse só esta a causa): Eu Não Vuvuzelo. A este propósito uma jovem senhora que eu conheço publica isto: "The portuguese are creating vuvuzelas hate groups on FB. If that is the attitude they better not come to the World Cup!". Ou seja, "os portugueses" (eu, jpt) criam "grupos de ódio" contra a merda das cornetas (não só em Portugal, o que dá sumo à invectiva). Seria de pasmar se não se soubesse que a interpretação é uma decisão. Tem níveis de análise? Tem. Estamos a falar de "vuvuzelas" (cornetas, trompas?)? Não. O que surge a um nível superficial é o paradigma "democrático" que se quer dominante: não tens só que respeitar a minha "cultura", aceitar a minha "cultura", tens que viver a minha "cultura", tens que viver como a "minha" cultura vive. Em não aceitando isto é-se um agente de discriminação, e pelo ódio.

 

O que nos ensina o fait-divers da corneta: é que se toca a corneta em Umtata tem que tocar em Marco de Canavezes. Senão são (os de Marco) uns porcos fascistas odientos. Pois isto tem um outro nível de análise, mais profundo, o das identidades. Eu, desde que não me pluralizem, vou bem. Português, claro, e pelo que parece muito dado a "hate groups". Quanto às identidades dos outros é com eles, não é meu assunto. Mas também não quero ser alimento delas.O que uma mera corneta nos faz lembrar.

 

jpt

publicado às 00:57


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