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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
E assim de repente, "enquanto o Diabo esfrega o olho", ontem encontrei-me empatado em idade com a "longa noite fascista". Um tipo distrai-se e está assim, na linha de partida para os cinquenta. Aflige um bocado.
Ali muito ao facebook e acolá um pouco ao e-mail recebo uma enxurrada de saudações (parabéns). Amigos reais (na sua maioria gente da minha idade, presumo que vivendo a mesma estupefacção que eu, "como é que já estamos agora?"). E imensos "amigos" internéticos. Há muito blaseísmo (uma doença da idade madura dos pequenos burgueses, tal como o radicalismo o é na juventude) que menospreza estas demonstrações. Não vou nisso, num mundo agreste (a decadência do envelhecimento, a amoralidade da vida geral) isto das redes de simpatia é muito agradável. Uma defesa. Em si só não são nada. Coligadas com a vida física (o "velho real") são óptimas. Acalentam.
E por isso mesmo aqui fica o agradecimento a todos os que me teclaram ontem. Foi-me muito simpático.
jpt