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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
"O novo secretário-geral, o primeiro não branco a liderar um grande partido em Portugal"
Eis como Luis Osório num seu artigo de rescaldo sobre as primárias do Rato (in jornal i, 29/09/2014) define António Costa.
Ora, sendo Costa um não branco, isso quer dizer o quê? Preto, amarelo, vermelho, azul, liláz, versicolor, incolor?
Alguns, porventura severos críticos, pensarão que se trata somente de uma saloiada, de traumas pós-coloniais, de uma distracção a emendar mais tarde mas que dado ao adiantado da hora e ao fecho da edição lá passou e assim ficou estampada, ou, em extremo, revelar uma crise aguda de hemorróidal. Outros, mais benevolentes, dirão que esta é uma (certa) Lisboa, bem pensante, cosmopolita, esplendorosa na sua modernidade, exemplo de uma boémia temperada e culta, muito Bairro Alto anos 90 e com mundo, como dantes se dizia.
Já eu, o pobre de mim, limitado na compreensão destes fenómenos, com vistas que de tão curtas não alcançam mais que a inóspita Torre do Bugio, doméstica e inultrapassável Taprobana intelectual, só digo assim:
Foda-se!
De acrescentar que Costa ainda não é secretário-geral do PS e tão só candidato a primeiro-ministro, mas isso é má-vontade minha que gostava que os gajos que são pagos para escrever em jornais fossem um pouco mais rigorosos.