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A nova Índico

por jpt, em 05.05.10

[Índico, Série III, nº.1, Maio-Junho 2010]

Este é o primeiro número da nova série (a terceira) da Índico, a revista das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM). Que passou a ser editada por Nelson Saúte, o qual logo a tornou algo distinta. Se a série anterior era muito capaz, enquanto mera revista de bordo, o novo formato eleva a Índico à revista cultural moçambicana, com toda a certeza a coleccionar (assinar?, ou a ir pedir às delegações da LAM?), algo que muito faltava no país. Veja-se este primeiro número, que surge com artigos evocando o mundial de futebol que o vizinho albergará e o trigésimo aniversário da companhia, neste caso com texto de José Luís Cabaço. Mas depois, e para além de alguns textos de ocasião sobre destinos turísticos, surge o núcleo duro. Luís Bernardo Honwana revelando-se como surpreendente fotógrafo. E textos de Eduardo White, Marcelo Panguana, Mia Couto, Nelson Saúte, Paulina Chiziane, Júlio Carrilho, Ungulani Ba Ka Khosa, uma selecção nacional das letras moçambicanas. E um cuidado, sempre discutível mas cuidado, roteiro da capital. Para além de escaparates dedicados à edição livreira e musical, bem como aos ateliers de artistas plásticos.

A desejar bons mares e bons ares à Índico. Para que assim se mantenha.

jpt

publicado às 16:01

...

por jpt, em 09.10.06
José Luís Cabaço, no Agência Carta Maior. Lembrando-me um velho texto.

[José Luís Cabaço tem ainda este texto sobre o Museu da Língua Portuguesa no aparentemente desactivado Lendo Livros. Aliás, um texto com o qual nada concordo quanto ao que nele é realmente importante].

publicado às 21:56

Ricardo Rangel Octogenário

por jpt, em 17.02.04

Desde anteontem que Ricardo Rangel é octogenário. E quão bem ele em tal se tornou. Aqui antepassado e sempre mestre da fotografia. E também amante, divulgador e organizador do jazz em Moçambique, nunca esquecer. E a embrulhar um rumo que lhe tem sido cheio e belo vem a sua muito especial fineza e aquele humor irónico que tanto tem de implacável como de gentil. Face a ele um misto de encanto e de inveja, é o que sempre me ocorre.

 

Para além de tudo isso ainda a memória de ter sido ele um daqueles que inventaram a moçambicanidade, ali em remoínhos de jovem com outros poetas, Noémia de Sousa, José Craveirinha, similitudes tantas que ainda chamam quem as sublinhe. Como tão bem o fez o José Luís Cabaço, durante a bonita, jazzy e porreira festa de domingo na AMF, a lembrar que nas fotos de Rangel se tinha transformado de laurentino em moçambicano.

 

As fotografias, a indignação, a ironia. E assim uma incessante e inteligente luta, ainda hoje. E sempre bela.

 

 

Depois, e sem surpresa, noto que quando lhe vejo as fotos é o meu povo aquele que ele transporta.

 

Repetido abraço de parabéns e mais um beijo à Beatrice.

 

[Fotos roubadas ao "Iluminando Vidas"]

publicado às 16:20


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