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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Na próxima quarta-feira, 26 de Novembro, assinalar-se-á em Lisboa o cinquentenário da publicação de "Nós Matámos o Cão Tinhoso" de Luís Bernardo Honwana, livro crucial na literatura moçambicana. Na Faculdade de Letras será apresentada uma reedição (comemorativa), editada pela Alcance. E acontecerão conferências e conversas dedicadas ao livro e seu contexto, contando com várias participações, entre as quais Fátima Mendonça, Maria Alzira Seixo ou Luís Carlos Patraquim.
Quem quiser consultar o programa das actividades, que decorrem durante todo o dia, bastar-lhe-á para isso clicar aqui. Até quarta-feira.
Luís Bernardo Honwana, autor do fundacional "Nós Matámos o Cão Tinhoso" tornou-se septuagenário. A Kulungwana homenageia-o através de uma exposição debruçada sobre os seus textos. A inauguração será na próxima quinta-feira, dia 22 de Novembro, a partir das 18 horas.
Enquanto quinta-feira não chega deixo um pequeno filme, retratando uma sua intervenção. Abaixo deixo dois dos seus contos mais emblemáticos (basta clicar para aceder e ler).
NÓS MATÁMOS O CÃO TINHOSO! - Entrevistas from Teatro O Bando on Vimeo.
E para quem nunca leu (ou não tem o livro) aqui deixo dois contos: "Nós Matámos o Cão Tinhoso" e "As Mãos dos Pretos".
Adenda: Aqui está o livro "Nós Matámos o Cão Tinhoso" completo. Não é o mesmo que ter o exemplar na mão, dobrá-lo, arrumá-lo, marcá-lo, autografá-lo (por exemplo, na próxima quinta-feira). Mas é legível, o mais importante.
Entretanto, e para os curiosos, deixo algumas capas do livro, esse que tem uma incontornável importância na literatura moçambicana.
Heinemann Educational, 1969
Ática, 1980 (edição brasileira)
Maputo, Instituto Nacional do Livro e do Disco, 1984
Lourenço Marques, Sociedade de Imprensa de Moçambique, 1964
Lisboa, Cotovia, 2008
Barcelona, Baobab, 1980
Leipzig, Reclam, 1980
Porto, Afrontamento, 1988
Maputo, Instituto Nacional do Livro e do Disco, 1978
Paris, Chandeigne, 2006, ilustrações de Jean-Philippe Stassen
jpt
[Índico, Série III, nº.1, Maio-Junho 2010]
Este é o primeiro número da nova série (a terceira) da Índico, a revista das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM). Que passou a ser editada por Nelson Saúte, o qual logo a tornou algo distinta. Se a série anterior era muito capaz, enquanto mera revista de bordo, o novo formato eleva a Índico à revista cultural moçambicana, com toda a certeza a coleccionar (assinar?, ou a ir pedir às delegações da LAM?), algo que muito faltava no país. Veja-se este primeiro número, que surge com artigos evocando o mundial de futebol que o vizinho albergará e o trigésimo aniversário da companhia, neste caso com texto de José Luís Cabaço. Mas depois, e para além de alguns textos de ocasião sobre destinos turísticos, surge o núcleo duro. Luís Bernardo Honwana revelando-se como surpreendente fotógrafo. E textos de Eduardo White, Marcelo Panguana, Mia Couto, Nelson Saúte, Paulina Chiziane, Júlio Carrilho, Ungulani Ba Ka Khosa, uma selecção nacional das letras moçambicanas. E um cuidado, sempre discutível mas cuidado, roteiro da capital. Para além de escaparates dedicados à edição livreira e musical, bem como aos ateliers de artistas plásticos.
A desejar bons mares e bons ares à Índico. Para que assim se mantenha.
jpt
"A Rica Nossa Cultura" de Luís Bernardo Honwana, texto publicado aquando da realização da recente conferência nacional de cultura. Um texto a merecer discussão.