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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Estante Austral (8)
“Canal de Moçambique”, edição de 10.10.2014
Maputo por via dos livros
As abruptas mudanças de Maputo são muitas vezes reduzidas, no discurso público que ascende a mediático (e nisso incluo as redes sociais, pujantes em Moçambique), à realidade da abrupta edificação inúmeros edifícios no centro burguês (a “zona rica”) da cidade, algo que vem acontecendo nos últimos anos, brotado das possibilidades de investimento de alguns estratos da sociedade e também do investimento estrangeiro, em demanda de retorno relativamente garantido, como acontece quase sempre no domínio imobiliário em cidades crescentes. Mas por mais tonitruante que seja este processo de construção o centramento do olhar nesse processo acaba por nos distrair das transformações mais estruturais, importantes, que a cidade atravessa. Algo sinalizado agora, com o avanço da construção da ponte para a Catembe, que intensificará as interacções alimentando um maior “grande Maputo”.
É esta pois uma época para ler sobre Maputo. Sobre o processo histórico da construção da cidade há alguma bibliografia (a qual será abordada nesta coluna, assim queiram os leitores que esta continue). Mas sobre as características do Maputo ainda que existam alguns textos, relatórios de investigação bastante informativos e analíticos, não abunda a bibliografia publicada.
(texto completo encontra-se aqui).