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O Homem de Papel, de Milo Manara

por jpt, em 24.01.05

Apenas Eco. Via o excelente Beco das Imagens chego a um curto mas incisivo artigo de João Miguel Tavares sobre Milo Manara, onde muito bem se salienta o excelente, e nele cume quando só, "O Homem de Papel". E minhas saudades, livro em Lisboa.

(Milo Manara, Homem de Papel)

Artigo que me vem muito a propósito, a semana passada aqui com o objecto "As Mulheres de Milo Manara" na mão e, afinal, a deixá-lo no escaparate. Chão que deu uvas todo aquele "mulherio".

publicado às 18:32

Putas

por jpt, em 26.11.04

[Esmeralda, por Milo Manara]

Há textos que ficam para trás, e é irremediável. Não porque percam a "ocasião", isso da tal "ocasião" não é mais do que estupidez armada em razão. Mas porque se lhes perde a intensidade, vai-se-lhes diluindo a lenga-lenga e, pior, esbatendo o tom. Acontece-me, sempre. Mas há um em especial que continua a lembrar-me que ainda não saiu à rua. Ainda que agora alquebrado.

Há meses o Bruno Sena Martins narrava a sua primeira experiência numa casa de "alterne", para lá arrastado por um simpático camionista na sequência de uma avaria , umas cervejas partilhadas num meio de estrada enquanto aguardava reboque salvador.

O tom do Bruno era mais que desagradado, com o discurso do camionista e o putedo envolvente, com o qual nem falara. A mim o texto de então provocou-me ânsias de botadura. Talvez porque ele é também antropólogo, decerto por que no Avatares do Desejo se escreve muito, e bem, sobre mulheres (melhor dizendo, sobre ícones). E aqui tão diferente, tão afastado, lhe surgia o olhar.

Ainda comecei a ripostar, aqui coloquei um bocado de uma velha história minha, uma entre outras tantas. Nem era contraposição, queria apenas um cruzar de olhares, óbvio rescaldo de biografias, andanças e lugares bem diversos. E, parece-me notório, de idades diferentes.

Mas depois outras coisas se disseram urgentes e isto, vejo-o agora afinal tão mais cá do fundo, foi ficando para trás. Claro que já não tenho o afã da lenga-lenga nem a clareza do tom. Esse tal texto que desejei morreu, com pena minha. Mas cá dentro ainda resmunga um eco que o Bruno recebeu. Dizia um comentador, ali algo cúmplice no des-gosto, no des-prezo: "Espero que tenhas bebido pelo gargalo" (às tais cervejas, é claro).

E é mesmo com esse nojinho, esse arrepiozinho, que há meses que cá por dentro algo resmunga, e não se cala. Então é para tais desconfortos que aqui trago esta minha amiga, com quem costumo partilhar os copos neste bar

[Esmeralda, por Hugo Pratt]

Dirão, alguns mais sozinhos, que a Esmeralda não é uma qualquer, que nunca a encontram por aí. Sim, garanto que não é, concordo. Mas também, qual o problema? Pois ainda que por esses bares todos da minha vida tenha encontrado um ou dois Steiner nunca vi (nem em blogs) nenhum Corto. Nem mesmo o Rasputine, nessa sua radical maldade porque tão ingénua. Pois não somos todos tão mais mortais?

publicado às 23:21


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