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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Passei algum tempo em Portugal. Nisso li vários jornais, subordinados ao aparente descalabro. Talvez o seja, espero que não. Talvez não o seja, espero que sim. Mas onde há algum atino é na opinião publicada. O melhor que li neste período?
Morrissey actuou em Portugal. O nosso luto, doloroso, daquele momento mesmo, impediu qualquer vontade de o ir ver. Mas li alguns artigos nos jornais (Público, i), bem feitos, e uma bom texto de Pedro Mexia (no Expresso). Recortei estas suas palavras (mas não identifiquei o local):
"Nunca fiz parte de nada, não sou da era do vinil ou das editoras indie contra as multinacionais, mas parece-me que a música se foi tornando progressivamente insignificante por causa deste novo panorama digital. Antes tínhamos que sair, procurar uma loja de discos, fazer uma escolha e depois carregar qualquer coisa num saco para casa. As pessoas sentiam-se emocionalmente envolvidas com as suas escolhas, agora não me parece. Penso que tudo começou com o rap. Ouve-se em todo o lado porque soa quase sempre igual e não tem qualquer significado. Não ouvimos, por exemplo, canções de protesto em sapatarias. O mesmo com a música de dança tecno. É simplista e sem personalidade. (...) É apenas papel de parede sonoro."
Há quem passe e fale. Publicamente. E cante. Basta ouvir.
Ou mesmo tudo:jpt