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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Não era o seu poeta favorito, o Pablo Neruda. Dizia-o adocicado, demasiado meloso. Mas comprou uma versão bilingue da sua obra. Levávamo-la connosco nas escapadas que fazíamos e descobria sempre um qualquer poema para me ler. Gostava de ler para mim. Gostava de trocar as voltas a Neruda quando me abraçava e dizia-me baixinho: Para mi libertad bastan tus alas/Para tu corazón basta mi pecho. Sorria e beijava-me. Dizia-me “we have lost even this twilight” sempre que a geografia nos separava...
AL (para DM)