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"…cheguei a um acordo perfeito com o mundo: em troca do seu barulho dou-lhe o meu silêncio…" (R. Nassar)
Fruto de conversas antigas é a constante visita a este blog de gente que vem - via motores de busca (a maioria dos visitantes é assim que cá chegam) - procurando algo sobre "relativismo cultural". É para esses mesmo que deixo esta citação, que resume o assunto:
"Certains historiens agnostiques trouveront peu scientifique d'établir une échelle de mérite entre les religions. Mais, à mon sens, ce n'est pas là violer le principe de neutralité axiologique, pas plus que lorsqu'on reconnaît la supériorité de certaines créations artistiques ou littéraires; superiorité à laquelle les contemporains n'étaient pas restés plus aveugles que nous. Pourquoi l'imagination créatrice des religions n'aurait-elle pas ses chefs-d'oeuvre, elle aussi?"
[Paul Veyne, Quanto Notre Monde Est Devenu Chrétien (312-394), Albin Michel, 2007, p. 36]
"Ora, as máximas de Roma são arcaicas; Roma encarna uma forma arcaica, não de imperialismo mas de isolacionismo. Nega a pluralidade das nações e comporta-se, dizia Mommsen, como se fosse o único Estado na plena acepção da palavra; não procura uma semi-segurança comum no dia-a-dia, em equilíbrio com outras cidades, mas quer viver tranquila, fazendo por encontrar de uma vez para sempre a segurança total e definitiva. Qual seria o culminar ideal de semelhante ambição? Este: conquistar todo o horizonte humano, até aos seus limites, até ao mar ou aos Bárbaros, para ficar enfim sozinha no mundo, quando tudo tiver sido conquistado."
[Paul Veyne, O Inventário das Diferenças]