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Uma mostra colectiva

por jpt, em 07.09.11

Não é uma má ideia. A inaguração de uma albergaria, no "cimento" de Maputo, é saudada por uma mostra de artes plásticas nacionais. Foi o Mauro Pinto o organizador. Os nomes são os dominates da sua geração. Dá para ir, espreitar o sítio, e ver se a mostra vale a pena - muitas destas mostras, que são recorrentes, têm sido feitas descuidadamente, tanto pelos organizadores como pelos próprios artistas que mandam algo, só para participarem. Então aqui fica a divulgação, para se ir espreitar. E opinar, que é o que mais falta sobre estas "coisas" ...

jpt

publicado às 17:32

 

Hoje, quinta-feira 17 de Março às 18:00 h., será apresentado na  livraria Minerva Central o livro "Crónicas da minha Tia de África" (editora Turbina), um conjunto de textos de Elisa Santos que integra desenhos de Pinto e fotografias de Mauro Pinto. Elisa Santos é uma patrícia que aqui viveu alguns anos, estando agora em Angola (país de onde se deslocou para aqui apresentar o livro). Por cá desenvolveu intensa actividade no meio artístico (e dizem-me que foi a responsável anónima do Arte em Movimento, blog dedicado à actividade artística em Moçambique). Agora partilha, em registo de comunicação com um sobrinho, as suas experiências em África.

jpt 

publicado às 10:02

Unapamo

por jpt, em 28.08.05

Na Associação Moçambicana de Fotografia a 3ª colectiva deste grupo de artistas, constituído por antigos alunos da Escola de Artes Visuais, associação de geração, jovens ainda, no chegarem-se à trintena de anos.

UnapamoFolheto.jpg

Uma mostra-venda a integrar Pinto, o qual nos últimos anos se tem afirmado no desenho, e nesta expressão coleccionado sucessivos prémios nacionais, que apresentou obras da série (fase?) anteriormente exposta na sua individual no Instituto Camões. E com a qual também se apresentou ao concurso da Bienal TDM. Nada de novo, portanto. Chalucuane e King Nuvunga obtiveram muito sucesso nesta mostra de inverno, um público sensível à competência na área que gosto, como leigo, de referir como "africana". Ainda que em ambos os casos algo depurada, não excedentários naquelas constantes que animam o padrão corrente.

De Sérgio Mutlabye retirei o maior prazer. Do pequeno decorativo

Cimg0870.jpg["O Pequeno Acrobata"]a um "Beijo" que já quer bem mais.Cimg0872.jpg

Em algumas das obras de Mutlabye, como em alguns outros ceramistas, é um pouco do mundo terrível e grotesco, até obscuro, dos velhos mestres pintores que baixa à terra. No seu caso com uma doçura que me desarma, até pelo inesperado consenso que consegue.

Aliás, e hei-de insistir nesta ideia, hoje em dia é na cerâmica que se encontra maior atrevimento, risco, nas artes plásticas moçambicanas. E de onde retiro maior gozo. Enquanto espero que tais caminhos transpirem para outras expressões, em geral bastante padronizadas, acorrentadas por uma mistura de conservadorismo e mercantilismo. Não critico. Apenas, no meu pequeno gosto de leigo, constato.

Por último uma obra de Luis Muiéngua, talvez o fenómeno mais interessante desta mostra.

Cimg0873.jpg

Muiéngua apresentou esta proto-instalação. Decerto concebida como una mas apresentada, por ulteriores considerações, como uma série de oito obras individuais.

Culminámos em pequena conversa sobre isto. Aqui a lembro pois parece chegado o momento de convencer os mecenas locais a patrocinarem instalações únicas, perecíveis ou não (esta é, ou pode ser, perene). Em particular os mecenas empresariais, com disponibilidade para intervir e já com enormes acervos de obras em suporte tradicional [os quais, diz-se, levantam já problemas de inventariação e restauro, mas isso é outra conversa. Ainda que urgente]. Mas, porventura, ainda com alguma insensibilidade para estas outras expressões, aqui ainda em circuito inicial.

publicado às 15:50


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