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Maria de Belém a Belém já!

por mvf, em 17.08.15

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Maria de Belém candidata-se a presidente (ou como diriam Pilar de Saramago e Dilma, a presidenta de todos os Portugueses e esas). Nome já tem a condizer com a residência oficial e só lamentamos não conhecer o putativo 1º Damo. A oposição socialista com Costa entalado com o ciclista Sampaio da Nóvoa, diz que a candidatura  de Maria é inconstitucional porque não tem a altura mínima para tão alto cargo. 

Uma gaitada meus senhores, uma gaitada.

publicado às 21:20

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Não contentes com a barracada do cartaz que aqui apresentei em postal anterior ( o tal que remete o desemprego para o tempio de Sócrates, um pequeno incoveniente propagandístico), o PS lança outro que merece a mais completa reprovação pela mentira e abuso inscritos bem como um pedidocível por parte da abusada.

Quererá o leitor saber de que falo cheio de má vontade para o gangue do Largo do Rato. Pois é uma história tão simples como miserável relatada pelo "Observador":

 Maria João Pinto diz o seguinte:

“Eu não estou desempregada desde 2012. Não me podem envolver desta maneira. Aqueles dados são mentira...Estou revoltadíssima”

.Ao jornal on-line, o PS vem afirmar que as pessoas ( Mª João Pinto é uma antiga colaboradora da Junta de Freguesia de Arroios em Lisboa que é liderada pelo PS) “aceitaram figurar nos cartazes” e admite que os testemunhos de desemprego não são reais, mas sim “representações”.

 

Representação? Visto daqui podiam ter dito que se trata de uma farsa mal amanhada e ficávamos descansados porque esclarecidos.

 

Respeitem as pessoas?

Ora merda mais isto!

publicado às 21:06
modificado por jpt a 8/11/15 às 18:26

Para que não se diga injustamente que sempre que tenho oportunidade venho para aqui criticar o secretário-geral do Partido Socialista, fica um exemplo que assim não é, mostrando até o maior regozijo pela campanha verdadeira que nos dá confiança na alternativa que propõe.

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A mais recente série de outdoors que Costa apadrinha apela naturalmente ao voto no PS e à subsequente formação de governo com ele como 1ºministro, é inovadora na sua mensagem: Em vez das (muitas e habituais) promessas vãs - lembra um amigo numa infrutífera manobra visando evitar que eu viesse agora aplaudir esta iniciativa propagandística, que Costa jurara publicamente e entre outras coisas que eventualmente não terá cumprido como a tolerância zero ao mau estacionamento, coisa de somenos importância, levar o mandato como presidente da Câmara Municipal de Lisboa até ao fim mas que se baldou a meio... - o PS ensaia uma espécie de auto-crítica em grande formato com a verdade como destaque.

António Costa vem garantir que esta senhora, até agora ilustre desconhecida do país que pretende governar, está desempregada sem qualquer apoio estatal desde 2010, tempo em que Portugal tinha como primeiro ministro o seu antecessor no PS, o Engenheiro José Sócrates não esquecendo que ele próprio, tinha sido ministro e era o nº2 do Largo do Rato. 

Louva-se aqui a intenção da campanha exaltando a coragem de Costa, mesmo correndo o risco que alguns carregados de animosidade pelo efusivo apoio que o António demonstrou ao Syriza, venham dizer que isto não se faz ao antigo timoneiro socialista preso em Évora e de quem António para além de correligionário diz ser amigo, e que outros, confusos, pensem que esta campanha é paga pelo PPD/PSD para desgraçar a credibilidade do homem.

A verdade como o azeite vem sempre ao de cima.

 

 

publicado às 01:25

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 O cartoonista Bob sintetiza no "The Telegraph" a enorme coragem e capacidade negocial que o sempre ridente Tsripas e a pop-star Varoufakis demonstraram à frente do governo grego marxista-leninista e neo-nazi (coisa a que os revolucionários dos cafés de Lisboa parece não terem dado qualquer importância enquanto entre duas bicas e um pastel de nata confundiam o sonho com a puta da realidade...).

Sem outras considerações e com os resultados à vista, lembremos que pelo caminho ficou o enorme regozijo do inefável António Costa apoiando a posição radical do Syriza  e que, impante, declarou em momento de ejaculação precoce ao mesmo tempo que renegava a antiga amizade do PS com o irmão helénico, o velho PASOK:

Vitória do Syriza é um sinal de mudança que dá força para seguir a mesma linha

Um entusiasmo juvenil que mandou repetir pela boca do porta-voz do PS, um tal Porfírio qualquer coisa ( não fixei o nome, peço desculpa) assim que se souberam os primeiros resultados do referendo num vigoroso OXI que, afinal, para Tsripas & Cª não serve sequer para limpar o rabo a um cão.

 

 

publicado às 11:02

Costa, o incolor?

por mvf, em 30.09.14

 

 

"O novo secretário-geral, o primeiro não branco a liderar um grande partido em Portugal"

 

Eis como Luis Osório num seu artigo de rescaldo sobre as primárias do Rato (in jornal i, 29/09/2014) define  António Costa.

Ora, sendo Costa um não branco, isso quer dizer o quê? Preto, amarelo, vermelho, azul, liláz, versicolor, incolor?

Alguns, porventura severos críticos, pensarão que se trata somente de uma saloiada, de traumas pós-coloniais, de uma distracção a emendar mais tarde mas que dado ao adiantado da hora e ao fecho da edição lá passou e assim ficou estampada, ou, em extremo, revelar uma crise aguda de hemorróidal. Outros, mais benevolentes, dirão que esta é uma (certa) Lisboa, bem pensante, cosmopolita, esplendorosa na sua modernidade, exemplo de uma boémia temperada e culta, muito Bairro Alto anos 90 e com mundo, como dantes se dizia.

Já eu, o pobre de mim, limitado na compreensão destes fenómenos, com vistas que de tão curtas não alcançam mais que a inóspita Torre do Bugio, doméstica e inultrapassável Taprobana intelectual, só digo assim:

Foda-se!

 

De acrescentar que Costa ainda não é secretário-geral do PS e tão só candidato a primeiro-ministro, mas isso é má-vontade minha que gostava que os gajos que são pagos para escrever em jornais fossem um pouco mais rigorosos.

 

 

publicado às 09:30

O Partido Socialista de António José Seguro ganhou, como se esperava e como todos sabem, as eleições pr'á Europa. A compreensível alegria pelo feito levou Francisco Assis a um estado de euforia que só o líder acompanhou, ultrapassando-o até na demonstração do contentamento. Visto na televisão o espectáculo do dueto do Altis, em que só faltou ao par vencedor dançar o "Vira" para entreter a plateia, com um discurso de Seguro que soava a pré-escrito para outro resultado, ou seja, preparado para uma natural e estrondosa vitória que teimou em não se confirmar sobre a tão famigerada como estafada coligação de direita, a Aliança Portugal, que deixasse o Governo a pão e água, uma coisa parecida com o que se passou com o antigo ídolo e grande campeão do socialismo do nosso pobre Tozé e do imortal Mário Soares, o fracatível Sr. Hollande, que acabou a levar na pá da Le Pen sem apelo nem agravo, deixando a França ( e a Europa) em estado político-cataléptico. Ao mesmo tempo que Seguro expandia a sua alegria e debitava disparates fechado em si próprio e Assis dava trabalho às suas glândulas sudoríparas como habitual, iam-se sabendo os resultados e não parecia que a tal vitória fosse, afinal, de tal modo esmagadora que levasse o cândido Tozé ainda com o tacho ao lume, a reclamar uma maioria absoluta nas legislativas do ano que vem, sem sequer olhar para a gigantesca abstenção da paróquia, o recorde de votos brancos e nulos, o fenómeno Marinho Pinto ultrapassando o desfeito BE da surfista Marisa e nem dando confiança ao partido do meio da esquerda, o Livre do esquecido Tavares, ou o que se ia conhecendo dos resultados europeus, que se diriam preocupantes. De notar que uma vitória expressiva nem seria uma habilidade por aí além, dado o que a Aliança Portugal (PPD-PSD/CDS-PP ou melhor, PSD-PP...) tem feito "pelo" País nos últimos três anos, gerindo uma herança miserável  - que seria bom não esquecer, já agora! - mas estabelecendo prioridades a mando ou voluntárias com terrível indiferença pelos resultados na pele, na vida, de grande parte dos portugueses, a que consegue juntar uma ineficácia notável que pode sem grande dificuldade confundir-se com incompetência ou falta de vontade, sendo ambas miseráveis, e em muitos dos casos a quase estagnação, sobretudo, naquilo que se diz essencial, a reforma do estado e a  dieta nas gorduras do dito como a que o cabeça-de-lista Rangel fez com tão nítidos e bons resultados.  Enfim, nestas coisas já se sabe, os nervos apoderam-se de um gajo, dizem-se coisas que são coisas que se dizem (antigo provérbio árabe), e no que toca a Seguro, esperar mais do que ele pode dar é pedir a um cão que suba a uma árvore. Situações em que a ansiedade e a pressão aumentam e que podem acontecer a qualquer momento a todos nós, podem levar a desvarios variados e mesmo a ejaculações precoces, o que espero sinceramente, não ter sido o caso, mas convém que em cargos de responsabilidade extrema, as pernas não tremam, a voz se não embargue, os sentimentos não embotem a necessidade da acção rápida, eficaz e ponderada.  

De qualquer modo, mesmo o PS tendo ganho a corrida para Bruxelas, foi para alguns sectores do partido como se tivesse perdido e eis que com a luz verde que Mário Soares acendeu  quando disse que aquilo foi uma vitória pírrica, reaparece de imediato como eventual desafiante à liderança, o António Costa. Soares, macaco velho, sabe-a toda e com a alusão ao rei Pirro revelou indirectamente a todos os interessados o que sempre soube: Seguro não fará o PS voltar aos tempos áureos e dando o sinal, logo Costa se chegaria à posição de partida. Um pequeno detalhe que me entristeceu bastamente foi o momento escolhido por Costa para o anúncio do seu sacríficio pela Pátria: António Costa estava como presidente da CML inaugurando um monumento que homenageia a vida e obra de Maria José Nogueira Pinto, quando não se conteve e declarou a sua disponibilidade para outros vôos. Na minha terra chama-se falta de respeito e de decoro, mas deve tratar-se de uma questão geográfica.
Voltando à vaca fria, que é como quem diz, a António José Seguro, dele não se ouviu dizer que fosse um cinéfilo inveterado mas certamente tem conhecimento de uma ou duas fitas clássicas. Uma delas, deve estar agora a atordoar-lhe a existência, sobretudo se a sua imaginação lhe pregar uma partida, e é nestas alturas de intranquilidade que as partidas acontecem, que as surpresas saltam do breu, que os abraços podem apertar, por amizade e carinho, o papo aos mais desprevenidos, que mãos supostamente amigas podem esconder instrumentos que interrompam a circulação sanguínea para além de estragar a mais cuidada e elegante camursina. Se Seguro viu Psycho, mesmo que não tenha entendido o enredo, sabe que a partir de agora não pode tomar um duche retemperador e merecido porque por detrás da cortina pode vir um facalhão empunhado por algum seu correlegionário. Seguro, inseguro, pode ser levado a voar na tal imaginação e a prever um remake do filme do velho Alfredo, uma versão ainda mais aterradora, num género ainda por explorar cinematograficamente, o thriller musical. Uma história leve e alegre como o poeta que o apoia ou apoiava, com uma carga de "suspense", um vai-não vai, um mata-não mata prolongado e com um fim dramático: No fundo, um psico-drama musicado em que ele personificaria Marion Crane, substituindo Janet Leigh com enorme desvantagem para os espectadores, enquanto um outro Anthony que não  o Perkins, interpretaria na perfeição o faquista Norman Bates numa produção à Bollywood.
Será que Tozé se enfia na banheira ou deixa a higiene de lado?
Aqui fica, como refresco da memória, um trecho do filme original de 1960:

publicado às 20:46
modificado por jpt a 11/7/14 às 04:43


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